O Jardim Botânico do Rio ganhou uma nova coleção biológica, e dessa vez é de insetos. A coleção Mantis Neotropical tem cerca de 800 exemplares de louva-a-deus, e já surge como referência nacional no estudo desse inseto, que se camufla de galhos e flores, folhas secas ou verdes, musgos, e tem grande diversidade. A coleção é fruto da parceria com o Projeto Mantis, organização que trabalha há uma década com pesquisa, conservação e divulgação dos louva-a-deus em florestas tropicais.
A maior parte dos mais de 800 exemplares provém de expedições do Projeto Mantis a diversas regiões do país, especialmente os biomas Amazônia e Mata Atlântica. A equipe, formada hoje pelo biólogo Leo Lanna e o designer Lvcas Fiat, viaja o país em busca de espécies novas e raras, em expedições imersivas que podem durar até dois meses. A essência do trabalho é a busca noturna, documentando a rica biodiversidade.
Os exemplares são armazenados a seco em gavetas entomológicas dentro de armários próprios em contêiner climatizado, garantindo sua preservação. Neste ano, a coleção iniciará o processo de tombamento e digitalização de exemplares representativos das espécies do país.