A Secretaria estadual de Cultura afirmou, nesta quarta-feira, que o motorista Marco André Vargas estava sozinho no carro a serviço da pasta que atropelou e matou uma adolescente de 17 anos na faixa exclusiva do BRT. O acidente foi na Ria cândido Benício, em Campinho, na Zona Norte do Rio, na manhã desta terça-feira.
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A Secretaria de Cultura lamentou a morte da estudante Fernanda Vitoria Cavalcante Alves e afirmou que já instaurou um procedimento interno para apurar o caso. O motorista teve a exoneração publicada em um Diário Oficial Extra e foi desligado do quadro de funcionários. A pasta afirmou que está em contato com os parentes da adolescente para prestar toda a assistência necessária, incluindo acompanhamento psicológico.
O carro oficial era da Secretaria de Estado de Casa Civil e não tinha autorização para circular na faixa de uso exclusivo dos articulados do corredor Transcarioca. Segundo o Governo do Estado, o motorista já prestou depoimento e vai responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O caso é investigado pela 28ª DP (Campinho).
Carro que atropelou e matou adolescente foi flagrado em calha exclusiva do BRT
Imagens obtidas pelo GLOBO mostram o carro passando pela estação Pinto Teles, em Jacarepaguá, na Zona Oeste, na calha exclusiva do BRT, momentos antes do acidente. No vídeo é possível ver que o trânsito no local está congestionado e o motorista corta o engarrafamento pela faixa proibida para carros. Após a colisão, o carro para poucos metros à frente da vítima, já sem vida.
A Mobi-Rio informou que o carro oficial trafegava indevidamente na faixa exclusiva, infração considerada gravíssima. De acordo com o Artigo 29 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade no trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência, de policiamento ostensivo ou de preservação da ordem pública.
