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Bombeiros fazem mais de 70 regates por dia de animais no Estado do Rio

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março 30, 2025
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Bombeiros resgatam uma capivara que estava na garagem de um condomínio na Barra da Tijuca — Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

Eles são bichos do mato, mas estão dando as caras em ruas, casas, apartamentos e até em lojas. Na última quarta-feira, um filhote de jacaré-de-papo-amarelo amanheceu na porta de uma farmácia, no centro de São Fidélis, no Noroeste Fluminense. No dia seguinte, foi a vez de um porco-espinho tirar uma soneca em cima de uma máquina de lavar na varanda de um apartamento no Recreio dos Bandeirantes. Meia hora depois, uma jiboia foi flagrada descansando no interior de um comércio no mesmo bairro. Anteontem, não muito longe dali, uma capivara se hospedou por algumas horas na garagem de um condomínio, na Barra da Tijuca.

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Os quatro animais foram resgatados por militares do Corpo de Bombeiros e devolvidos ao seu habitat natural. O “passeio” fora das áreas verdes não é um ato isolado: cada vez mais, animais ficam “perdidos” em áreas urbanas. Levantamento feito pela corporação revela que, de 1º de janeiro a 20 de março deste ano, 5.761 animais — a maioria deles silvestre, já que a estatística também inclui os domésticos — foram resgatados por equipes de salvamento e contenção. Isso representa uma média de 72 chamados por dia no estado.

O total é 15% maior do que o contabilizado no mesmo período de 2024. A capital concentra, por enquanto, a maior parte dos resgates, com 3.224 bichos encontrados distantes de onde deveriam estar. A campeã no ranking de aparecimentos em áreas urbanas é a cobra — 1.346 foram resgatadas nesses quase três meses. Os gambás ocupam a segunda posição, com 1.130.

Bombeiros resgatam uma capivara que estava na garagem de um condomínio na Barra da Tijuca — Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

Há ainda, na lista dos mais resgatados, bichos como capivaras, jacarés, macacos, preguiças e até morcegos. O professor Del Nero, biólogo e veterinário especializado em animais selvagens, diz que queimadas em áreas de mata e a consequente destruição do ambiente natural dos animais podem estar ligadas ao aumento da presença desses bichos em trechos urbanos.

— O Rio de Janeiro tem em seu entorno regiões de mata, com muitos animais. Quando o homem começa a invadir o meio ambiente, com qualquer construção, qualquer abertura de rodovia, acaba fazendo com que esses animais saiam do ambiente natural. Alguns se deslocam atrás de alimentos. O aumento das temperaturas e os incêndios em matas também podem forçar o deslocamento de animais — explicou Del Nero.

No município do Rio, os bairros de Jacarepaguá e Campo Grande lideram as estatísticas de animais resgatados pelos bombeiros em 2025. O primeiro registrou 245, enquanto o segundo teve 229. Já na lista de cidades, aparecem em segundo e terceiro lugar Duque de Caxias e Petrópolis, com 222 e 149, respectivamente.

Segundo o major Fábio Contreiras, porta-voz do Corpo de Bombeiros, há equipes capacitadas em contenção e salvamento de animais em cada um dos quartéis. O oficial disse que os bichos em boas condições de saúde e sem ferimentos são reintroduzidos ao habitat natural pela própria corporação. Mas, quando estão machucados ou há suspeitas de alguma doença, eles são levados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, em Seropédica, ou até mesmo para polos de reabilitação mantidos por organizações não governamentais (ONGs) protetoras de animais.

O mapa do bicho — Foto: Editoria de Arte
O mapa do bicho — Foto: Editoria de Arte

Contreiras explicou que quem encontrar um animal silvestre não deve tentar fazer a captura. O ideal é ligar para os bombeiros pelo número 193 e pedir ajuda.

— A primeira coisa a fazer é não se aproximar do animal, não tentar, por exemplo, alimentá-lo ou até mesmo salvar, conter ou colocar dentro de uma gaiola, por exemplo, ou de uma caixa. A gente não sabe se ele pode estar com algum tipo de zoonose, uma doença. Ele também pode se sentir acuado e atacar. Então, é fundamental retirar as crianças de casa. Os animais domésticos também, muitas vezes curiosos, podem ser feridos por esses animais. Então, o fundamental é identificar o local onde ele (bicho) está, verificar a espécie, o tipo de animal, e ligar para o 193. Assim a gente pode dar a destinação correta — disse o porta-voz.

Encontrado em frente à porta de uma farmácia na principal avenida da cidade, um filhote de jacaré se tornou o principal assunto em São Fidélis na semana passada. O bicho foi avistado por volta das 6h30 pela pessoa responsável por abrir a loja. Um taxista avisou a Polícia Militar, e dois sargentos chamaram os bombeiros.

— O assunto foi muito comentado na cidade, mexeu com a população. E foi um fato bem inusitado, foi na avenida principal da cidade. Isso não é comum aqui. A população ficou curiosa — contou Said Junior, secretário municipal de Desenvolvimento Ambiental de São Fidélis, acrescentando que o animal foi solto no Parque Estadual Lagoa do Açu, em São João da Barra.

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  • ‘Ele era até bonitinho’
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‘Ele era até bonitinho’

Já no Recreio, onde jacarés são muito comuns no Canal das Taxas e costumam dar umas escapadas para as ruas, foi um porco-espinho que surpreendeu o comerciante Michel Miranda de Medeiros.

— Acordei de manhã e, quando abri a cortina, ele estava lá na grade da varanda. Já apareceram outros bichos aqui, mas nunca entraram. Não me assustei. Deixei fechada a porta para ele não entrar (no apartamento). Ele era até bonitinho. O resgate foi rápido — contou.

Pouco depois, os bombeiros do mesmo quartel (Barra da Tijuca) foram mobilizados para o resgate de uma jiboia. Desta vez, o salvamento demorou um pouco mais.

— Estava tirando uns vidros de um local para outro. Quando fui mexer, vi a cobra bem na minha frente. Logo me afastei. O pessoal aqui ficou curioso para olhar, mas ninguém ficou assustado. Os bombeiros conseguiram pegar a cobra em 35 minutos — disse João Pedro de Menezes.

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