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Depois de forte anemia e crise renal, Francis Hime lança álbum de inéditas com cantores convidados e parceiros como Ziraldo

BRCOM by BRCOM
abril 6, 2025
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Francis Hime em foto de 1975 — Foto: Fernando Seixas / Agência O Globo

O novo álbum de Francis Hime, “Não navego pra chegar”, deveria ter sido lançado no fim de 2024. No meio do ano, porém, o corpo fraquejou e as gravações tiveram de ser adiadas.

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— Tive uma anemia muito forte e acabei na hemodiálise. Estou fazendo três vezes por semana. Meus rins estavam pela hora da morte — conta ele.

Entrou em outubro no estúdio da gravadora Biscoito Fino e passou um mês registrando as 11 faixas. Segundo o produtor do disco, que também sairá em CD, Paulo Aragão, o que mudou em relação a trabalhos anteriores foi o horário:

— Ele, por ser notívago, gostava de gravar à noite. Desta vez, foi pela manhã. Mas a energia foi a mesma.

Francis reconhece que o cansaço lhe bateu em alguns momentos:

— No estúdio não me poupo, mas depois pago um preço.

É um artista renovado que fala do álbum que chegou às plataformas de áudio na última sexta-feira. Na parte física, não anda mais em volta da Lagoa, no Rio, mas vai a uma academia três vezes por semana com um personal trainer. Aos 85 anos, não pensa em parar de compor, tocar piano e cantar, apesar do susto.

— Aposentadoria, de jeito nenhum. Tenho um monte de músicas inéditas ainda — avisa.

“Não navego pra chegar” tem um repertório formado apenas por canções inéditas. Todas têm parceiros e dez delas têm intérpretes convidados. São características que lembram um disco importante de sua carreira, “Essas parcerias” (1984), até hoje fora das plataformas.

— Cheguei a pensar em botar “Essas parcerias nº 2” — diz ele. — É um disco bastante coletivo. Foi o mais coletivo da minha carreira. Não só porque envolve vários cantores, mas também pelos parceiros.

Uma surpresa é a divisão das melodias com outros autores, algo que fez pouquíssimas vezes na vida — uma delas em “Vai passar”, que tem Chico Buarque como letrista e também comelodista. São três momentos: “Imaginada” (com Ivan Lins), “Imensidão” (com Zé Renato) e a faixa-título (com Maurício Carrilho). Todas estas com letra de Olivia Hime, com quem Francis é casado desde 1969.

— Foi bastante estimulante, porque, a não ser quando vou musicar letras, eu parto do nada para compor. E, nessas três, eu precisei fazer algo que tivesse a ver com as primeiras partes que eles criaram — destaca. — E é uma forma de me aproximar das pessoas. O compositor vive muito enfurnado, sobretudo quem não participa tanto de shows.

Há canções que estavam inéditas há bastante tempo. Uma é “Infinita”, com letra de Ziraldo, que morreu no ano passado. Foi feita em 1983 para uma peça do cartunista e escritor, “Belas figuras”. Quem canta é Olivia.

Antiga também é “Tempo breve”, que tem letra do dramaturgo e telenovelista Bráulio Pedroso (1931-1990).

— Fiz há uns 30 anos, e ele colocou letra — recorda Francis. — Fui na casa dele, ficamos até de madrugada bêbados. Até mostrei para uma cantora, que achou difícil.

Francis Hime em foto de 1975 — Foto: Fernando Seixas / Agência O Globo

Foi interpretada agora por Zélia Duncan, que é, aliás, a autora da letra de “Chuva”, a única sem cantor convidado. Letrista muito presente na obra de Francis, Geraldo Carneiro aparece em três faixas: “Chula chula”, que tem participação de Lenine na gravação; “Shakespeareana”, com o Quarteto Maogani; e “Samba pra Martinho” (também com Olivia nos versos), feita para o carnaval (de 2022) em que a Unidos de Vila Isabel homenageou seu presidente de honra.

— A gente fez o samba e chegou atrasado para a inscrição na escola — conta Francis. — Mas, se gostamos tanto, por que não gravar? Pensei logo na Simone, que já fez um disco de músicas do Martinho e canta samba muito bem.

“Um rio” também tem letra de Olivia e voz dela ao lado da de Dori Caymmi. Já o choro “Não navego pra chegar” foi gravado por Mônica Salmaso. Há algo de filosófico na escolha do título da música para batizar o álbum.

— A gente não vai preparando as coisas, elas já estão ali. O negócio é identificar o que te emociona. Não preciso navegar para chegar. Já cheguei — diz Francis.

São variados os gêneros musicais presentes no disco. Para Paulo Aragão, o estilo do compositor marca qualquer melodia que ele crie.

— Existem encaminhamentos harmônicos que são a cara do Francis. Mas, mais do que qualquer coisa técnica, ele tem assinatura e faz melodias que levam as pessoas a cantar — explica o produtor, dando como exemplo a intricada salsa com letra de Moraes Moreira que Leila Pinheiro interpretou. — “Tomara que caia” é uma melodia sinuosa, difícil, mais comunicativa. É o que ele fez, por exemplo, em “Passaredo”, “Meu caro amigo” (parcerias com Chico). O Francis tem essa capacidade.

A trajetória começou em 1963, quando um tema seu ganhou versos de Vinicius de Moraes e virou “Sem mais adeus”. A partir daí, decidiu guardar para sempre o diploma de engenheiro.

— Nunca usei, para o bem da engenharia brasileira — ressalta.

Estar distante da aposentadoria não significa trabalhar duro. Ele assume que tem ido pouco ao piano:

— Vou muito para a minha rede e fico pensando nos arranjos.

Está escrevendo agora os do show de lançamento do álbum, que será em 25 de maio, no Vivo Rio, com participação de alguns dos cantores que estiveram nas gravações.

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