O fechamento de 11 estações da Linha 2 do MetrôRio — Pavuna, Engenheiro Rubens Paiva, Acari/Fazenda Botafogo, Coelho Neto, Colégio, Irajá, Vicente de Carvalho, Thomaz Coelho, Engenho da Rainha, Inhaúma e Del Castilho — fez com que usuários do modal tivesse que encontrar um “plano B” para cumprir seus compromissos. Carolina Giglio mora no Engenho da Rainha, na Zona Norte do Rio, e trabalha com marketing no Méier, também na Zona Norte. Ela conta que viu a notícia sobre o fechamento do metrô e se organizou para pedir um carro de aplicativo, mas precisou esperar o preço diminuir para conseguir o transporte:
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— Estava dando R$ 70 até lá. Impossível… Estou aqui esperando diminuir. Avisei aos chefes que devo atrasar, infelizmente — contou ela, que após esperar 20 minutos, conseguiu uma corrida por R$ 25.
Stephanie Del Giudice precisou pagar R$ 50 numa moto de aplicativo até Botafogo, na Zona Sul, onde trabalha como auxiliar administrativa em um hospital. Ela chegou no metrô Engenho da Rainha após uma longa viagem com início na Pavuna e não sabia que encontraria os portões fechados.
— A informação que eu tinha era de que essa estação estava funcionando. Foi uma surpresa chegar aqui e ver tudo fechado. Agora, é esperar algum motorista aceitar… está tudo caro — lamentou ela.
A empregada doméstica Cleude Medeiros chegou à estação Engenho da Rainha às 7h10 com esperança de que conseguisse ir para o trabalho, na Zona Sul di Rio. No entanto, o portão de acesso já estava fechado.
— Eu vi na TV que tinha dado problema, mas meu filho me avisou pouco depois que tinha conseguido pegar o metrô. Acho que foi o tempo de eu chegar mesmo — destacou.
Segundo ela, como a alternativa de ônibus para a Zona Sul é limitada, a dona da casa onde trabalha a liberou da diária.
— Eu trabalho com eles há 20 anos, são muito compreensivos. Pegar ônibus aqui é uma luta, sempre muito cheio e leva bastante tempo para chegar onde preciso.
O fechamento das estações ocorreu após entulho de um muro que desabou no Engenho da Rainha, na Zona Norte do Rio cair nos trilhos. A estrutura ruiu durante uma obra da Águas do Rio.
O MetrôRio informou que já está em contato com a Águas do Rio para que o problema seja solucionado e a operação restabelecida o quanto antes.
A Águas do Rio informou que não houve feridos na queda do muro. Segundo a concessionária, suas equipes estavam atuando na Avenida Martin Luther King Jr. em um reparo emergencial de um vazamento em uma tubulação de grande porte quando a estrutura ruiu. “A concessionária reforça que está em contato com o MetrôRio para remover os destroços dos trilhos”, disse, em nota.
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Sobre a obra na tubulação, a empresa afirmou que a previsão é que ela seja finalizada ainda nesta quarta-feira. A Águas do Rio informou ainda que o abastecimento está temporariamente impactado nos seguintes bairros: Engenho da Rainha, São Francisco Xavier, Mangueira, Triagem, Maria da Graça, Inhaúma, Del Castilho, Jacaré, Jacarezinho e Rocha.
“Após a conclusão, o retorno do abastecimento nessas regiões entrará em processo de normalização gradativa e a concessionária orienta os clientes a fazerem o uso da água para atividades prioritárias”, finaliza a nota da concessionária.
A SuperVia informou que não sofreu impactos relevantes com o acidente que afetou a circulação do metrô. A concessionária colocou trens extras no terminal de Belford Roxo para atender a estação Pavuna, a única que está sendo afetada pelo fechamento das estações da Linha 2 do metrô.
