Débora Porto, 36 anos, influenciadora e modelo brasileira, compartilhou recentemente experiências de preconceito vivenciadas em aplicativos de namoro devido ao lipedema, condição crônica que causa acúmulo anormal de gordura, especialmente nas pernas e braços. O episódio levanta um alerta sobre a lipofobia — discriminação voltada a pessoas com corpos fora do padrão estético tradicional — que afeta especialmente mulheres com essa condição pouco compreendida.
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“Nos aplicativos de encontro, percebo que há um julgamento rápido baseado na aparência. Muitos não entendem o que é o lipedema e associam erroneamente a sedentarismo ou falta de cuidado pessoal”, relata Débora. Ela destaca que a falta de informação sobre a doença leva a interpretações equivocadas e comentários ofensivos, o que torna ainda mais difícil para mulheres com lipedema estabelecerem conexões afetivas nesses ambientes.
Débora compartilhou um episódio específico em que, ao iniciar uma conversa com um possível par, foi chamada de “preguiçosa” e “sedentária” devido ao tamanho de suas pernas. “Expliquei que tenho uma condição médica chamada lipedema, mas a pessoa não quis ouvir e continuou com comentários depreciativos”, lembra. O caso escancara o preconceito contra corpos com características diferentes, muitas vezes rotulados injustamente como descuido ou falta de esforço pessoal.
Atualmente, Débora está se preparando para uma cirurgia visando tratar o lipedema. “Após anos lidando com dores e limitações, decidi me submeter ao procedimento para melhorar minha qualidade de vida”, afirma. O processo inclui avaliação vascular, exames linfáticos e acompanhamento com especialistas que determinam o grau do lipedema antes da intervenção cirúrgica.
Além disso, ela incorporou exercícios físicos específicos em sua rotina para auxiliar no controle dos sintomas. “Atividades de baixo impacto, como caminhada, drenagem linfática e musculação leve, têm sido fundamentais. A musculação é minha aliada, mas preciso respeitar os limites do meu corpo”, explica Débora. Ela defende que, apesar do estigma, manter-se ativa é possível e necessário, mesmo com as restrições da condição.
Débora utiliza suas plataformas nas redes sociais para conscientizar sobre o lipedema e combater o preconceito. “É crucial educar as pessoas sobre essa condição para que possamos reduzir o estigma e promover a empatia”, conclui.