Descritas como inseparáveis por amigos e parentes, as jovens Isabela Priel Regis e Isabelli Helena de Lima Costa, ambas de 18 anos, morreram após serem atropeladas enquanto atravessavam uma faixa de pedestres na cidade de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, na noite da última quarta-feira. O condutor do veículo, o estudante de direito Brendo dos Santos Sampaio, de 26 anos, dirigia em alta velocidade no momento em que atropelou as jovens, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).
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Antes do atropelamento, a dupla voltava para a casa após ter saído para comemorar o novo emprego de Isabelli, que começaria a atuar como jovem aprendiz em um supermercado da cidade já na próxima segunda-feira. A jovem fazia curso técnico de enfermagem e, nas redes sociais, compartilhou a foto de uma placa em que estava escrito “orgulho de ser made in Santos”, região de onde sua família é oriunda.
Uma amiga das vítimas, Isis Marques, publicou uma mensagem de despedida nas redes sociais chamando as jovens de “confidentes” e “parceiras de tudo”. “Isa e Priel, vocês foram luz nos meus dias, e continuam sendo mesmo com essa distância que a vida impôs”, escreveu Isis. Já Marcos Augusto, amigo de Isabela, prestou homenagem para a amiga nas redes e afirmou que nunca imaginou “a dor de perder de alguém”.
Também nas redes sociais, Sara Alcântara publicou que está “ainda sem acreditar” com o ocorrido. Além disso, ela pediu justiça: “os comentários me enojam nas redes sociais, moradores de São Caetano sabem sim que na Av. Goiás e Kennedy sempre tem esses engraçadinhos que apostam racha ou estão em alta velocidade”
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Imagens de câmeras de monitoramento obtidas pela Polícia Civil indicam que o estudante de direito Brendo dos Santos Sampaio, de 26 anos, dirigia em alta velocidade no momento em que atropelou as jovens, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP). As vítimas foram atingidas e arremessadas por cerca de 50 metros. Elas morreram no local. O acidente ocorreu por volta das 23h das noite na Avenida Goiás, na altura da Avenida Dr. Augusto de Toledo, no bairro Santo Antônio, próximo à região central de São Caetano do Sul.
O carro envolvido no acidente é um Honda Civic. No local, Brendo prestou socorro e fez o teste do bafômetro, que deu negativo, conforme nota enviada ao GLOBO pela SSP-SP. Em depoimento, o motorista, que estaria voltando da faculdade, afirmou que o sinal estava aberto. Imagens obtidas pelo g1, no entanto, mostram que, na verdade, o semáforo mostrava a luz amarela, que indica que o motorista deve ficar em “atenção” e diminuir a velocidade para parar o veículo — justamente para evitar freadas bruscas e diminuir o risco de colisões.
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De acordo com o g1, conforme informações obtidas no boletim de ocorrência, uma testemunha que trafegava na Avenida Goiás afirmou que foi ultrapassada pelo Honda Civic “em altíssima velocidade”. No depoimento, a testemunha também afirmou que Brendo parecia apostar um racha com um outro carro, um Onix branco. Devido ao estado do veículo, que ficou com a parte dianteira destruída, os familiares das jovens afirmaram “não haver dúvidas” de que o motorista estava em alta velocidade.
Em entrevista na delegacia, a defesa do motorista afirmou que o semáforo estava verde para os carros e que o homem não viu as jovens atravessando. Segundo o advogado Francisco Ferreira, Brendo contou que seguia entre 60 km/h e 70 km/h, mas que não sabe precisar com certeza a velocidade em que trafegava na via, que possui velocidade máxima permitida de 60 km/h.
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