Xuxa Meneghel quebrou o silêncio sobre um tema ainda cercado de tabus: a alopecia androgenética. A apresentadora revelou que recorreu a um transplante capilar após enfrentar a queda de cabelo, problema que afeta milhões de mulheres e impactou diretamente sua autoestima.
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“Era uma coisa que eu estava me sentindo mal com aquela carequinha”, disse Xuxa ao “Domingo Espetacular”.
Embora a calvície seja muitas vezes associada ao universo masculino, a alopecia androgenética é uma condição comum também entre mulheres — e pode causar um grande impacto emocional. “No início, a impressão é de que o cabelo perdeu peso, volume e já não cresce mais. Com o tempo, a rarefação pode chegar ao ponto de expor o couro cabeludo, principalmente na parte superior da cabeça”, explica a dermatologista Dra. Lilian Brasileiro.
Entenda a alopecia feminina
Diferente da calvície masculina, a alopecia androgenética em mulheres geralmente não resulta em falhas completamente lisas, mas em afinamento e queda difusa dos fios. “Existem diferentes graus de alopecia, e a gravidade define o quanto o couro cabeludo fica visível. No entanto, é raro que a mulher fique com a cabeça totalmente calva”, esclarece Dra. Lilian.
O diagnóstico precoce é fundamental para conter a progressão da queda. “O tratamento é contínuo e visa preservar os fios existentes, engrossar os que estão afinando e manter os folículos vivos, já que nenhum tratamento consegue criar novos folículos — nem mesmo o transplante”, acrescenta.
O tratamento pode variar de acordo com o estágio da condição, histórico familiar, idade e estilo de vida. A dermatologista Dra. Mônica Aribi explica que muitos casos conseguem ser controlados com o uso de vasodilatadores tópicos como o Minoxidil. Ele melhora a circulação no couro cabeludo e ajuda a nutrir melhor os folículos, estimulando o crescimento dos fios.
Além disso, procedimentos realizados em consultório têm se mostrado eficazes. Veja alguns dos principais:
1. Mesoterapia e laser de baixa intensidade
São técnicas que aplicam ativos diretamente no couro cabeludo ou usam luzes para estimular o funcionamento celular. “O laser de LED melhora a oxigenação e ativa as mitocôndrias, enquanto a mesoterapia injeta substâncias que nutrem os folículos”, diz Dra. Mônica.
2. Suplementação com Exsynutriment
A farmacêutica Patrícia França destaca o uso do silício orgânico estabilizado em colágeno marinho para fortalecer os fios. “Ele estimula a produção de queratina, evitando a queda e promovendo mais elasticidade e resistência”, afirma.
3. Megaderme Duo: radiofrequência com microagulhamento
Este equipamento moderno usa microagulhas finíssimas e radiofrequência de baixa intensidade para estimular os bulbos capilares. “Além de reativar os folículos, ele abre canais para aplicação de ativos que engrossam os fios”, pontua o dermatologista Dr. Abdo Salomão Jr.
4. NCTF: ácido hialurônico injetável com vitaminas e aminoácidos
Essa fórmula potente, combinada com sessões de LED, demonstrou eficácia tanto em testes laboratoriais quanto em pacientes. “Os resultados mostraram aumento na densidade, brilho e elasticidade dos fios já nas primeiras sessões”, conta o Dr. Renato Soriani.
5. Exocube: terapia com exossomos
Utiliza componentes extraídos do sangue do próprio paciente, ricos em moléculas regenerativas. “É um dos tratamentos mais promissores para estimular o crescimento de novos fios e fortalecer os já existentes”, comenta Dra. Lilian. A técnica também auxilia na recuperação pós-transplante capilar.
Um verdadeiro “spa capilar”, esse tratamento promove uma limpeza profunda do couro cabeludo, melhora a microcirculação e hidrata os fios. “A tecnologia Vortex Fusion remove impurezas enquanto aplica uma solução com ácido salicílico e extratos naturais que acalmam e nutrem o couro cabeludo”, detalha a especialista.
A alopecia androgenética não precisa ser enfrentada sozinha. Com a evolução dos tratamentos e maior acesso à informação, é possível cuidar da saúde capilar e recuperar a autoestima. O mais importante é procurar um dermatologista ao notar sinais de queda persistente ou afinamento dos fios — quanto antes for feito o diagnóstico, melhores são as chances de sucesso no tratamento.
