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— Jô citou o livro numa visita que eu fiz a ele e nós acabamos comprando — conta o editor, que ainda não assistiu ao filme. — As escolhas papais eram um dos temas que o fascinavam. Ele também era um grande leitor de biografias.
Além de “Conclave”, a Companhia das Letras publicou outro título de Harris, o romance de espionagem “Munique”. Ambos foram lançados pelo selo Alfaguara.
Schwarcz diz que era comum Jô indicar títulos para a Companhia — ele próprio era autor da casa. O apresentador e humorista estreou no romance aos 57 anos, como “O xangô de Baker Street”. De primeira, virou best-seller. Antes, ele já havia lançado coletâneas de crônicas humorísticas e sobre as Copas do Mundo de 1950 e 1954.
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Como escritor, Jô adicionava seu bom humor a narrativas de suspense. E é esse justamente o gênero de “Conclave”, que reconstitui os rituais do Vaticano para escolher o cabeça da Igreja Católica.
Na trama inventada por Harris, um papa reformista morre e, no conclave para eleger seu sucessor, ficam expostas as divisões da Igreja: há candidatos progressistas e conservadores, uns querem ampliar o papel das mulheres enquanto outros preferem ressuscitar tradições do passado. E alguns deles escondem segredos capazes de abalar o poder e prestígio da Igreja.
Dirigido pelo suíço Edward Berger, a adaptação cinematográfica do romance rendeu um Globo de Ouro ao roteirista inglês Peter Straughan e disputa os Oscars de melhor filme, melhor roteiro adaptado, melhor ator (Ralph Fiennes), melhor atriz coadjuvante (Isabella Rossellini), melhor figurino, melhor trilha sonora e melhor montagem.