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CPI do Master já tem assinaturas, mas ex-ministro de Bolsonaro opera contra nos bastidores

BRCOM by BRCOM
abril 24, 2025
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Capa do audio - Malu Gaspar - Conversa de Bastidor

Apesar de já ter reunido assinaturas suficientes para ser instalada, a CPI do Banco Master enfrenta forte oposição de um personagem que tem agido para barrar a investigação contra o banco presidido pelo executivo Daniel Vorcaro: o senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI), ex-ministro da Casa Civil do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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De acordo com quatro senadores ouvidos reservadamente pelo blog ao longo dos últimos dias, tanto do campo governista quanto da oposição, Ciro tem articulado nos bastidores contra a instalação da CPI, tentando convencer colegas a não endossar o requerimento de abertura do colegiado, capitaneado pelo senador Izalci Lucas (PL-DF). Até a última quarta-feira (23), 28 senadores já haviam subscrito o documento, um a mais do que o mínimo necessário.

“O lobby contra a CPI está pesado nos bastidores. Boa parte dos senadores não vai se vender, mas evidentemente que tem gente que tem preço”, alfinetou o senador Jorge Kajuru (PSB-GO), que assinou o requerimento de criação do colegiado e fala abertamente sobre o assunto.

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Esta não é a primeira vez que Ciro age para atender aos interesses do Master. Conforme informou o colunista Lauro Jardim, o senador deixou o mercado financeiro em polvorosa no ano passado, ao tentar emplacar, na PEC que garante a autonomia financeira do Banco Central, uma alteração que ficou conhecida como “emenda Master”.

O texto aumentava de R$ 250 mil para R$ 1 milhão a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para as aplicações financeiras como o CDB, principal produto do Master. A ideia foi rejeitada pelo relator da PEC na CCJ, senador Plínio Valério (PSDB-AM).

Agora, o problema do Banco Master é outro.

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O pano de fundo da CPI é a controversa compra de ações do Master pelo BRB, banco estatal de Brasília, que está na mira do Ministério Público e provocou mal-estar na cúpula do governo do Distrito Federal, conforme informou o blog. O negócio foi feito sob as bênçãos de Ciro Nogueira e do presidente do União Brasil, Antonio Rueda, que são próximos de Vorcaro.

Até agora, 28 senadores – de partidos como PL, Novo, PDT, Podemos, PSD, Republicanos, MDB, PT e até do União Brasil (Sergio Moro e Márcio Bittar) – já endossaram o pedido de abertura da comissão. Izalci pretende angariar mais apoio até a próxima semana, quando pretende protocolar o pedido de abertura da CPI.

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“Na prática, o grande problema que eu vejo é o próprio Banco Master. Acredito que faltou um acompanhamento maior do Banco Central e da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), porque ele chegou num limite que não é o normal”, afirmou Izalci ao blog.

O Master vinha oferecendo aos investidores CDBs que ofereciam taxas de 140% do CDI, acima da média dos concorrentes, o que não só significa maior risco como no longo prazo implica dificuldades de cumprir os compromissos.

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“Um banco que faz captação a 140% do CDI, quando a média é 100% uma hora vai ter de pagar isso. E é um rendimento quase que inviável de pagar. Tem resistência à CPI, mas as assinaturas demonstram a preocupação dos senadores (com o tema), porque isso compromete o sistema financeiro.”

No requerimento de instalação da comissão, Izalci aponta que a aquisição pelo BRB “levanta preocupações sobre o uso inadequado de recursos públicos para resgatar uma instituição privada em dificuldades”.

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A CPI pretende investigar detalhadamente os balanços do Master, os relatórios de supervisão do Banco Central e da CVM, além dos termos da negociação com o BRB, “buscando identificar omissões específicas e avaliar a adequação das normas vigentes”.

“Pelo menos uma parte do Senado não irá se render a essa história mal contada”, afirmou o senador Eduardo Girão (Novo-CE), que também apoia a CPI.

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“É uma comissão extremamente necessária para colocar luz nas sombras dessa transação a toque de caixa, onde até a esposa de um ministro do STF foi contratada.”

Conforme revelou o blog, o Banco Master contratou para representá-lo judicialmente o escritório Barci de Moraes, onde trabalham a mulher e dois filhos do ministro do Supremo Alexandre de Moraes.

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De acordo com fontes ligadas ao banco, Viviane representa o Master em algumas poucas ações. O Master, porém, não revela quais são elas e nem o valor dos honorários.

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  • Negócio ainda está sujeito à aprovação
      • CPI do Master já tem assinaturas, mas ex-ministro de Bolsonaro opera contra nos bastidores

Negócio ainda está sujeito à aprovação

De acordo com os comunicados feitos pelo BRB, o banco estatal de Brasília pagará R$ 2 bilhões por 58% do patrimônio líquido do Master. O negócio ainda está sujeito à aprovação do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade.

O presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, disse ao blog que a operação de compra do banco Master prevê que a instituição assuma o pagamento de apenas uma parte dos CDBs já distribuídos pelo banco paulista ao mercado.

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Segundo o CEO, os títulos de renda fixa emitidos pelo Voiter e pelo Banco Master de Investimentos, duas subsidiárias que não serão adquiridas pelo BRB, ficam de fora da transação.

Procurado pela equipe da coluna, Ciro Nogueira disse que é uma “leviandade” afirmar que ele está trabalhando nos bastidores contra a instalação da CPI do Banco Master.

“Nunca soube nem que estavam cogitando CPI”, desconversou Ciro, mesmo o assunto tendo sido amplamente noticiado pela imprensa ao longo dos últimos dias.

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