Viralizou nas redes sociais um vídeo que mostra o parto dos chamados bebês reborn. Os bonecos ultrarrealistas que imitam recém-nascidos se tornaram um nicho para influenciadoras que divulgam na internet a vida como “mães” e experiências que incluem o parto, passeios e encontros com outras colecionadoras.
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O vídeo que mostra as bonecas feitas de silicone nascendo já passou das milhões de visualizações nas redes sociais e dividiu a opinião de internautas que desconheciam a prática. Algumas pessoas os tratam como filhos de verdade, com roupas, carrinhos, berços e até certidões de nascimento. Existem canais no YouTube e perfis em redes sociais dedicados exclusivamente a mostrar o dia a dia desses “bebês”.
Em São Paulo, um grupo de “mães” de bebês reborn chamou atenção ao fazer um encontro que reuniu dezenas de pessoas no Parque do Ibirapuera. A reunião contou com a participação de influenciadoras digitais que divulgam a rotina com os bonecos.
“Eu e o Gui já estamos aqui e eu vou mostrar um pouquinho para vocês. Já tá todo mundo aqui no encontro, as meninas aqui conversando e têm muitos bebezinhos”, disse a influenciadora Nane Reborn, se referindo ao boneco que considera seu “filho”, Gui. Além dos vários tipos de bonecos, o evento contou com sorteios e um concurso de fantasia de Páscoa, em que os bebês reborn foram vestidos com roupas temáticas.
A palavra “reborn”, do inglês, significa literalmente “renascido” ou “nascido de novo”. No contexto dos bebês reborn, o termo se refere ao processo artístico de “renascimento” de um boneco comum em um bebê extremamente realista.
Eles são produzidos com tamanha riqueza de detalhes que imitam desde a textura da pele e os veios sanguíneos até os cílios, unhas e até o peso de um recém-nascido. O processo de criação é chamado de reborning, e envolve transformar um boneco comum em uma peça realista, ou criar um do zero com materiais como vinil ou silicone.
Segundo os relatos das “mães”, os bonecos servem principalmente como itens de coleção, peças terapêuticas ou objetos de afeto. Muitos colecionadores os valorizam pelo trabalho artístico minucioso envolvido na confecção, mas eles também são usados em terapias com pessoas que enfrentam luto, depressão ou outras condições emocionais, supostamente ajudando a acalmar e estimular o cuidado.