A cantora Wenny, de 15 anos, pensou por muito tempo no look que viria ao show de Lady Gaga, seu maior ídolo. O resultado foi uma recriação do icônico look que a americana usou no tapete vermelho do Grammy, em 2011. A jovem causou alvoroço na Av. Atlântica, na entrada da área VIP, quando chegou dentro de um ovo gigante, carregada por alguns homens — assim como Gaga há 14 anos.
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Sentada no chão, colada à grade do palco, Wenny se emocionou ao lembrar do tempo em que era excluída na escola e viu em Gaga uma chance de se sentir acolhida.
— Quando eu era pequenas, via na Gaga o que não via em ninguém. Pude ver o que não via em gente perto de mim. Via a diferença que as pessoas me excluíam, me tratavam mal por ser “estranha”, deslocada — comenta. — Eu era muito magrinha. Tentava me encaixar de toda forma. No dia que vi a Gaga magra como eu num clipe, podia vê-la como eu me via: diferente, independentemente de qualquer julgamento.
Entre muitas lágrimas, Wenny diz que não é muito de chorar. Mas esse é o efeito da diva em sua vida. Só hoje, já chorou quatro vezes.
— Conforme fui crescendo fui me descobrindo mais e me vendo cada vez mais nela. Faço terapia. Acho que ser fã da Lady Gaga é um ato de rebeldia. Porque você poder chegar e falar que é diferente e que não tem problema nisso, ter peito para sustentar quem você é é muito difícil — afirma.
Ansiosa por “Born this way”, a música-símbolo da autoaceitação, ela diz que almeja ser para os seus fãs o que Gaga é para ela:
— Gosto de ser a pessoa que não se esconde. Quero poder ser pessoa que inspira meus fãs crianças. Para elas verem que podem ser elas mesmas, independentemente de cor, nacionalidade, sexualidade, gênero.