O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quarta-feira que eventuais tentativas de desidratar a proposta de reforma do Imposto de Renda (IR) no Congresso podem trazer dificuldades para a manutenção de serviços públicos essenciais, como saúde e educação. O Palácio do Planalto vem atuando para evitar que a oposição se posicione contra as medidas de compensação que estão previstas para cobrir a perda de receitas.
Segundo ele, a expectativa do governo é que o texto seja votado pela Câmara e pelo Senado ainda este ano, para entrar em vigor em 1º de janeiro de 2026.
— Na estratégia de prejudicar o governo, acaba prejudicando a população. Então, acho que nesse caso vai ser difícil eles (oposição) ficarem contra essa medida, o que eles podem fazer é isso, votar o projeto e eventualmente tentar que não tenha compensação, o que criaria dificuldade para você manter escolas, hospitais, porque qualquer governo do mundo precisa de recursos para manter os serviços públicos funcionando — disse.
Questionado sobre a base de apoio do ao governo, o ministro reforçou o recado dado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a aliados. Ele cobrou mais alinhamento de partidos e ministros que integram a coalizão, como os integrantes do centrão.
— Quem está no governo tem que se posicionar sempre defendendo, não é o presidente Lula, é o governo que ele (quem está no governo) faz. É como se você faz parte de uma família, alguém critica duramente sua família e você fica calado sem fazer nada. Então, é preciso responder as criticas se você acredita naquilo que está fazendo — afirmou.