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Não é de se estranhar que figuras como Elon Musk, dono da xAi, X, SpaceX e Tesla; Sam Altman, CEO da OpenAI, criadora do ChatGPT; Jensen Huang, da Nvidia, e Mark Zuckerberg, da Meta, controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, são citadas na publicação. Dois executivos brasileiros também estão na lista. São eles: Cristiano Amon e Mike Krieger.
Confira abaixo alguns dos líderes e inovadores que estão moldando o futuro da IA:
De acordo com a Time, este foi um grande período para Elon Musk. Em 2024, sua empresa xAI transformou uma fábrica abandonada da Electrolux em Memphis no “Colossus”, o maior supercomputador do mundo, em 122 dias. Em fevereiro, lançou o Grok 3, seguido pelo Grok 4 em julho, chamado de “a IA mais inteligente do mundo”.
Fundada em 2023 para rivalizar com a OpenAI — que Musk ajudou a criar em 2015 ” — a xAI entrou tarde na corrida pela inteligência artificial, mas levantou US$ 10 bilhões em julho, incluindo US$ 2 bilhões da SpaceX, e planeja mais fundos que poderiam avaliar a empresa em até US$ 200 bilhões.
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O Grok, integrado à rede social X, soma 35,1 milhões de usuários ativos mensais, abaixo dos 700 milhões semanais do ChatGPT e dos 450 milhões mensais do Google Gemini. Após o lançamento do Grok 4, a empresa anunciou contrato de quase US$ 200 milhões com o Departamento de Defesa dos EUA para desenvolver tecnologias militares.
O crescimento rápido também gerou preocupações, como o esforço de Musk para tornar o Grok “máximo buscador da verdade”. Antes do lançamento do Grok 4, uma atualização menor fez o chatbot escrever textos polêmicos, elogiando Hitler e criando narrativas de violência sexual. A xAI pediu desculpas, suspendeu temporariamente o Grok na X e desativou a atualização.
Sam Altman, CEO da OpenAi
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O homem mais poderoso da inteligência artificial não é um programador consagrado. Nem mesmo possui diploma universitário, muito menos o PhD em ciência da computação que virou credencial básica no setor.
O que Sam Altman não tem em títulos acadêmicos compensa com habilidade em negociações, faro político e carisma, diz a Time. Em 2025, os desafios da OpenAI vão além de escrever códigos: exigem um líder capaz de lidar com a Washington de Donald Trump, dialogar com chefes de Estado, comandar a construção de megacentros de dados e conter disputas internas, enquanto mantém um calendário de lançamentos digno de uma gigante da tecnologia.
O fato de Altman ter conseguido tudo isso o torna hoje o CEO mais poderoso da história da OpenAI.
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Em janeiro, cogitou-se que a aliança de Trump com Elon Musk isolaria Sam Altman, mas o CEO da OpenAI apareceu ao lado do presidente no anúncio de um projeto bilionário de data centers que beneficia a empresa. Hoje, o ex-crítico de Trump mantém relação próxima com a Casa Branca, enquanto Musk perdeu espaço.
Jensen Hang, CEO da Nvidia
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A ambição de muitos CEOs é criar um produto desejado por todos. Jensen Huang, da Nvidia, conseguiu — mas o feito virou desafio geopolítico. A demanda voraz por seus chips de inteligência artificial levou a empresa a se tornar a primeira do mundo a superar US$ 4 trilhões em valor de mercado e colocou a Nvidia no centro da estratégia dos EUA para conter a ascensão tecnológica da China.
Antes avesso à política — chegou a recusar um jantar com Joe Biden —, Huang mudou de postura após o retorno de Donald Trump à Casa Branca. Intensificou a diplomacia pessoal, fez ao menos três viagens à China e participou de encontros com o presidente americano.
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Os movimentos deram resultado. Em maio, ao lado de Sam Altman, da OpenAI, Huang anunciou o Stargate UAE, megaprojeto de infraestrutura de IA no Oriente Médio que usará seus chips mais avançados.
O maior triunfo, porém, veio em 14 de julho: após proibir a venda do chip H20, criado sob medida para o mercado chinês, o governo Trump autorizou a retomada das exportações. Em troca, a Nvidia pagará 15% dessas vendas ao Tesouro dos EUA.
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Quando as rivais chinesas desbancaram a Meta da liderança em IA de código aberto e o Llama 4 fracassou em recuperar espaço, Zuckerberg recorreu ao talão de cheques. O movimento começou com a quantia de US$ 14,3 bilhões para atrair Alexandr Wang, cofundador da Scale AI, de 28 anos, e que hoje faz parte de sua equipe. Foi apenas o início de uma ofensiva bilionária por talentos.
A Time ressalta que a empresa teria cortejado ao menos 50 pesquisadores, muitos vindos de rivais, antes de congelar contratações em agosto. Zuckerberg, porém, minimiza os gastos com cérebros, dizendo que são pequenos diante da fortuna aplicada em poder computacional — peça-chave, segundo ele, para alcançar a superinteligência.
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A estratégia de Zuckerberg se apoia nos três pilares da IA moderna: dados em abundância, poder massivo de processamento e mentes brilhantes para avançar nos algoritmos. A Meta já domina o primeiro, com o oceano de informações das redes sociais que usa no treinamento de modelos. Agora, tenta assegurar os outros dois.
Fidji Simo, CEO de Aplicações da OpenAI
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Em maio, Sam Altman anunciou a entrada da executiva de tecnologia Fidji Simo na OpenAI, com o recém-criado cargo de CEO de Aplicações. “Fidji vai se concentrar em permitir que nossas funções ‘tradicionais’ de empresa ganhem escala à medida que entramos em uma nova fase de crescimento”, escreveu Altman.
Apesar de ter se tornado rapidamente uma das startups mais valiosas da história, a OpenAI registra perdas significativas: a estimativa é de que tenha fechado o ano passado com prejuízo de US$ 5 bilhões. Caberá a Simo a difícil missão de conduzir a empresa rumo à lucratividade.
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Ela chega com um currículo sob medida para o desafio. Ex-CEO da Instacart — plataforma de compras online em que Altman foi investidor inicial —, Fidji Simo tirou a empresa da crise pós-pandemia e a levou de volta ao crescimento. Antes, passou uma década no Facebook, onde foi peça-chave na criação do motor de monetização, lançando anúncios no feed e produtos de vídeo que transformaram a rede social em uma máquina de dinheiro.
A OpenAI, porém, é um jogo diferente. Apesar de mudanças recentes, a empresa ainda responde a um conselho sem fins lucrativos — do qual a própria Fidji já fez parte — encarregado de garantir que a inteligência artificial generativa, capaz de superar o desempenho humano, beneficie toda a humanidade.
Andy Jessy, presidente e CEO da Amazon
Há mais de 20 anos, Andy Jassy começou a construir a Amazon Web Services (AWS), que se tornaria peça central da infraestrutura da internet — e na qual a empresa aposta como base da atual onda de IA. Sob sua liderança, a Amazon acelerou nesse campo, lançando no último ano produtos como o Bedrock AgentCore (para criar e operar agentes de IA), o Amazon Nova (modelos de fundação) e o Amazon Q (assistente generativo).
Também entrou na disputa com a Nvidia com seus chips Trainium e anunciou, em parceria com a Anthropic, a construção de um supercomputador de IA com centenas de milhares desses chips.
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Na operação de e-commerce, a Amazon apresentou o robô Vulcan, primeiro da empresa com tato, e afirma que 75% de suas entregas já contam com apoio de robótica. Além disso, treina funcionários em mecatrônica e oferece programas de aprendizado em robótica.
Cristiano Amon, president e CEO da Qualcomm
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A Qualcomm desenvolve chips para PCs, óculos inteligentes e dispositivos dos setores automotivo e industrial, mas é no mercado móvel que se tornou referência: seu processador Snapdragon equipa os principais smartphones Android. Sob o comando de Cristiano Amon, a companhia de 40 anos aposta na inteligência artificial como motor de crescimento.
Em 2024, a empresa de San Diego comprou a divisão de IA generativa da startup VinAI e lançou um hub para que desenvolvedores criem aplicativos de IA embarcada. Os chips Snapdragon já contam com unidades de processamento neural otimizadas para IA.
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Para Amon, a inteligência artificial é a nova interface de uso: capaz de entender linguagem, visão e áudio, ela redefine não só a forma como interagimos com os dispositivos, mas também como eles são projetados e o quanto exigem de poder computacional.
“É a evolução mais empolgante da IA — e estamos levando isso a celulares, PCs e carros para torná-la realidade”, disse à Time.
Mike Krieger, diretor de Produto (Chief Product Officer) da Anthropic
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Mike Krieger cofundou o Instagram e o vendeu para o Facebook em 2012 por US$ 1 bilhão. Em 2024, Krieger assumiu o cargo de diretor de produto da starttup americana Anthropic, com a missão de transformar o bot da empresa, o Claude, em uma experiência melhor para o usuário. O produto fica visivelmente atrás dos concorrentes. Não possui memória, por exemplo, e não consegue criar imagens.
No entanto, compensa a falta de recursos chamativos com desempenho robusto. Sob sua liderança, a empresa lançou o Claude Code, que virou favorito entre desenvolvedores, e ampliou a integração do bot com softwares externos, permitindo que execute tarefas em outros sistemas.
A estratégia já está dando frutos: em apenas seis meses, a receita anualizada da Anthropic quadruplicou para US$ 4 bilhões. O desafio agora, diz Krieger, é liberar o potencial oculto do Claude e oferecer um produto confiável para o uso diário.
“Há muito a ser destravado e transformado em realidade para as pessoas.”
Liang Wenfeng, CEO da DeepSeek
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Em 20 de janeiro, a startup chinesa de IA DeepSeek lançou o R1, primeiro modelo a desafiar a mais recente versão da OpenAI — cujos parâmetros podem ser acessados publicamente, ao contrário dos modelos fechados das principais empresas americanas.
No dia do lançamento, o CEO Liang Wenfeng foi um dos nove convidados a falar em um simpósio fechado com o Premier Li Qiang, coincidindo com a posse de Donald Trump e reforçando a narrativa de que a China havia igualado os EUA com muito menos poder computacional.
- Financial Times: DeepSeek atrasou lançamento de novo modelo de IA por falha em chip chinês, diz FT
A imprensa destacou os US$ 6 milhões gastos no treinamento do R1, questionando projetos bilionários como o Project Stargate, da OpenAI, e provocando uma queda momentânea de US$ 1 trilhão em ações de Nvidia e de tecnologia americana. Meta e OpenAI depois usaram o pânico para pressionar a Casa Branca contra regulamentações estaduais de IA e liberar treinamento com material protegido por direitos autorais.
Apesar do impacto do R1 , o modelo da Google DeepMind lançado um mês antes entregava desempenho semelhante a custo ainda menor. Ainda assim, o mito construído por Wenfeng e sua capacidade de pressionar concorrentes provaram ser motores poderosos do mercado.
Ren Zhengfei, fundador e CEO da Huawei
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Ren Zhengfei, fundador da Huawei, transformou a empresa de uma pequena revendedora de switches de Hong Kong em um gigante global de telecom e tecnologia. Mesmo sob rígidas sanções dos EUA, a empresa faturou mais de US$ 118 bilhões em 2024, alta de 22,4% em relação ao ano anterior.
O ex-engenheiro militar, que chegou a passar fome na infância, fundou a Huawei em 1987 como um modesto revendedor de centrais telefônicas fabricadas em Hong Kong. Pouco depois, a empresa passou a desenvolver seu próprio equipamento de telecomunicações, celulares e laptops — e, mais tarde, computação em nuvem e até veículos elétricos.
C.C. Wei, presidente do Conselho e CEO da TSMC
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Quando se fala em fabricação de chips, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) não tem rival. A empresa produz quase todos os semicondutores que alimentam Apple, Nvidia e AMD, entre outras gigantes, e registrou lucros recordes de quase US$ 32 bilhões no segundo trimestre de 2025, um aumento de 61% em relação ao ano anterior.
O crescimento tem sido liderado por C.C. Wei, na TSMC desde 1998, CEO desde 2018 e presidente da companhia desde o ano passado.
O papel de Wei ganhou importância geopolítica diante das restrições de exportação dos EUA, que limitam o acesso da China aos chips mais avançados da TSMC, colocando a empresa de US$ 1,2 trilhão no centro da disputa entre grandes potências.
Aproveitando a força financeira da companhia, Wei anunciou em março um investimento adicional de US$ 100 bilhões em semicondutores nos EUA, que se soma aos US$ 65 bilhões já destinados a Phoenix. O projeto inclui três novas fábricas, duas instalações de empacotamento avançado e um grande centro de P&D, tornando-se o maior investimento estrangeiro direto único da história americana.
“A IA está transformando nosso dia a dia, e a tecnologia de semicondutores é a base para novas aplicações”, afirmou Wei ao anunciar o investimento.