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Represa seca e revela cidade com mais de 2.000 anos de antiguidade no Iraque

BRCOM by BRCOM
setembro 3, 2025
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Quatorze arqueólogos estão trabalhando na expedição para salvar as estruturas da cidade antes que o clima as deteriore — Foto: Rudaw

A mudança climática se manifesta de formas diferentes conforme a região do planeta: em alguns locais, como no norte do Iraque, a seca tem atingido a população há bastante tempo, o que resultou na queda do nível de água da represa de Mosul. No entanto, apesar desse impacto ambiental, arqueólogos descobriram uma cidade perdida da época helenística, que esteve submersa por décadas e da qual não havia nenhum registro anterior.

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Essa descoberta é fascinante para historiadores e entusiastas da arqueologia, pois se trata de uma urbanização que surgiu durante a decadência do império grego. Além disso, foi encontrada uma necrópole com 40 tumbas.

Os responsáveis pela expedição foram especialistas curdos, que delimitaram a cidade antiga e tentaram desenterrar as tumbas de cerâmica. Isso indica que se tratava de uma cidade próspera, testemunha do desenvolvimento humano no norte da Mesopotâmia.

Quatorze arqueólogos estão trabalhando na expedição para salvar as estruturas da cidade antes que o clima as deteriore — Foto: Rudaw

Segundo um artigo publicado no portal Rudaw, a descoberta foi feita no distrito de Semel, na província de Duhok, muito próxima da aldeia de Khanke, que também foi afetada pela construção da represa.

Bekas Brifkani, chefe do Departamento de Antiguidades e Patrimônio de Duhok, afirmou que as tumbas datam de entre os anos 323 a.C. e 31 a.C., período em que o império de Alexandre, o Grande, se fragmentou em reinos menores.

“Descobrimos uma cidade principal junto com um cemitério. É a primeira vez que se encontram tumbas desse tipo e tamanho na região. Até agora, encontramos quase 40 tumbas de cerâmica, que datam de milhares de anos. Também foram encontrados cerâmicas e outros artefatos”, descreveu o especialista.

Há cerca de 10 dias, as estruturas da cidade antiga ficaram expostas ao ar livre. Acredita-se que a água tenha ajudado a preservar parte do patrimônio arqueológico, mas agora ele corre risco de deterioração por causa das mudanças de temperatura e da erosão causada pelo vento. Atualmente, 14 pessoas trabalham no local para salvar os fragmentos mais frágeis antes que seja tarde demais.

Desde que a represa foi inaugurada em 1980, no rio Tigre, mais de 80 aldeias foram submersas. Com capacidade para armazenar 11 mil metros cúbicos de água, a represa contribui para a geração de eletricidade, o desenvolvimento da agricultura e o abastecimento de água potável numa região árida. No século XXI, duas quedas drásticas do nível da represa — em 2017 e 2023 — também revelaram cidades históricas.

Túmulo de cerâmica datado do período helenístico — Foto: Departamento de Antiguidades e Patrimônio de Duhok
Túmulo de cerâmica datado do período helenístico — Foto: Departamento de Antiguidades e Patrimônio de Duhok

A descoberta das tumbas amplia a compreensão sobre o vínculo entre os habitantes dessa cidade e os colonizadores gregos, em um período marcado por trocas culturais e avanços científicos e ideológicos. Foram identificados símbolos e rituais que representam a união entre os dois povos.

“Após a construção da represa de Mosul em 1986, muitos sítios arqueológicos ficaram submersos. Estamos monitorando os níveis da água desde 2018, quando a primeira grande queda revelou vestígios antigos. Esta nova descoberta é a continuação desse trabalho”, disse Brifkani.

O período helenístico compreende o tempo entre a morte de Alexandre, o Grande, e o ano 31 a.C., quando o Império Romano se expandiu. Durante essa fase, as artes, a filosofia e as ciências aplicadas prosperaram, impulsionadas por políticas de mecenato e incentivo a artistas e estudiosos em vários reinos surgidos com a fragmentação do império alexandrino.

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