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leilão de túnel em SP tem batida de martelo conjunta e alfinetadas entre Haddad, Alckmin e Tarcísio

BRCOM by BRCOM
setembro 5, 2025
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, bate o martelo na B3: Túnel Santos-Guarujá, obra conjunta dos governos federal e estadual, será tocada pela portuguesa Mota-Engil — Foto: Reprodução/YouTube
  • Leia mais: Portuguesa Mota-Engil vence leilão para construir e operar túnel Santos-Guarujá

Adversários políticos, os integrantes do governo federal e o governador fizeram discursos separadamente, e só bateram o martelo de forma conjunta por causa de uma intervenção do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Dentro do governo Lula, mas do mesmo partido de Tarcísio, Costa Filho fez questão de ressaltar que se tratava de uma obra conjunta e chamou Alckmin e Tarcísio para baterem o martelo juntos.

O governo de São Paulo divulgou fotos do evento em sua página oficial do Flickr, mas deixou o momento em que o governador aparece junto a Alckmin de fora. Já a página do vice não havia divulgado nenhum registro do momento até a noite desta sexta.

Ainda no palco, os dois se cumprimentaram brevemente com um aperto de mãos. Enquanto ocorria o leilão, o governador e o vice-presidente sentaram-se lado a lado na primeira fila da plateia, mas pouco conversaram e mantiveram-se a maior parte do tempo olhando para frente. Haddad estava mais distante, separado do representante do Executivo paulista por Costa Filho. O ministro de Empreendedorismo, Márcio França (PSB), também estava presente. Haddad saiu mais cedo do leilão.

Em sua fala, Haddad criticou a “polarização autoritária” e disse que essa obra é “a volta do espírito republicano para o país”, sempre destacando o papel do presidente Lula (PT) para que o projeto do túnel, prometido há mais de cem anos, saísse do papel. Já Tarcísio disse que iria “fazer a diferença” junto, se dirigindo diretamente a Alckmin e a Haddad, enquanto Alckmin fez uma metáfora com a construção da travessia para dizer que a obra “começa pelos extremos”.

O ministro da Fazenda fez um discurso falando da parceria com o governo estadual e negou que haja “disputa de protagonismo” na obra. Ele afirmou que a democracia tem polarização “de ideias, argumentos e visões de mundo”, mas que “ninguém quer a polarização que pensa em eliminar o adversário”, e que esse projeto é um “exemplo da volta do espírito republicanos no país”. Por outro lado, falou que Lula recuperou os investimentos em infraestrutura, algo que, segundo ele, não vinha sendo feito antes. Tarcísio era ministro de Infraestrutura na gestão Jair Bolsonaro (PL).

— Recuperamos as dotações orçamentárias voltadas para infraestrutura do país, estávamos há muitos anos sem investimento em infraestrutura. E aqui eu vejo um antigo sonho sendo realizado. O presidente Lula tem tentado realizar sonhos que pareciam irrealizáveis. O presidente Lula tem esse bom hábito de não invocar a paternidade da ideia, se a ideia é boa, não importa como vamos realizar, se vai ser com governo da oposição, da situação, o que importa é que a população vai ver uma obra imaginada há 100 anos sair do papel. Se tem uma coisa que não aconteceu no túnel Santos-Guarujá foi disputa por protagonismo, ninguém ficou querendo sair na foto, os dois governos deram-se as mãos para chegar ao dia de hoje — falou.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, bate o martelo na B3: Túnel Santos-Guarujá, obra conjunta dos governos federal e estadual, será tocada pela portuguesa Mota-Engil — Foto: Reprodução/YouTube

Já Tarcísio disse que era um dia de celebração, e que “o interesse do cidadão vem em primeiro lugar” e, assim como Haddad, falou que os dois entes estavam “dando um exemplo”.

— A gente está celebrando isso aqui, como foi dito, deixando questões políticas de lado, porque isso não interessa. O interesse do cidadão aqui vem em primeiro lugar. E aí, acho que a gente está dando um exemplo. Acho que a gente tem que celebrar mesmo, no dia de hoje, aquilo que está acontecendo. Porque não é só sobre o túnel, é sobre pessoas, é sobre criar um novo eixo de desenvolvimento na Baixada Santista, uma nova história, uma nova perspectiva. A gente está falando de esperança — disse.

Em seguida, ele dirigiu sua fala para Alckmin e os ministros de Lula e para seus aliados, os convocando para tocar outros projetos juntos.

— Ninguém vai ficar na mão. Nós vamos atender aqueles que precisam se deslocar em menos tempo, eliminar aquele trajeto de mais de 40 quilômetros, aquele tempo de viagem enorme, fazer a diferença. E nós vamos fazer a diferença. Vamos fazer isso juntos. Vamos fazer isso juntos, presidente Alckmin, ministro Silvio, Fernando Haddad, Márcio França, Felício Ramuth (vice-governador), André do Prado. Vamos fazer isso juntos. Nós vamos fazer uma das obras mais inovadoras do Brasil hoje — acrescentou.

Alckmin deu diversas indiretas a Tarcísio e a seu principal padrinho político, Jair Bolsonaro, durante seu discurso. Ele falou que a obra só foi possível “porque o Porto de Santos não foi privatizado”, o que estava nos planos de Bolsonaro em seu governo, e que não iria bater forte no martelo da B3 porque é médico acupunturista — o chefe do Palácio dos Bandeirantes já chegou a quebrar um martelo em um leilão realizado em 2023. Por outro lado, ele afirmou que a obra é fruto de “uma união de esforços” e que o presidente Lula “dá a mão a todos os governadores independentemente de questões partidárias”.

— Padre Lebret dizia que nós devemos ser um “zé ninguém” a serviço de uma grande causa. Estamos unidos para viabilizar essa grande causa. Diz que o túnel sempre tem dois lados, e a obra começa pelos extremos que se aproximam e é quando eles se encontram, no ponto de encontro, que a obra se completa. Os opostos, quando convergem, é possível fazer não apenas um túnel, mas fortalecer nosso país. Vamos a obra — disse, acrescentando que “como anestesista, a mão tem que ser cuidadosa, Tarcísio”.

Mais tarde, em coletiva de imprensa, o vice-presidente criticou as negociações em curso no Congresso Nacional para dar um indulto a Bolsonaro. Tarcísio tem sido um dos principais articuladores desse projeto, e nesta semana passou dois dias em Brasília, onde se reuniu com lideranças da direita e do centrão para falar sobre o tema.

— E sobre essa questão de não respeitar o Judiciário, o indulto é golpismo de marcha ré. Isso é inadmissível — afirmou.

Questionado sobre o tema por jornalistas logo em seguida, Tarcísio se recusou a responder e disse que seu assunto do dia era apenas o túnel. Costa Filho, por sua vez, disse que se fosse deputado votaria contra a anistia aos condenados pelo 8 de janeiro, mas se colocou a favor da “discussão das penas”. Ele é do Republicanos e está licenciado do mandato desde que assumiu o Ministério de Portos e Aeroportos.

— Se estivesse no congresso, votaria contra a anistia. Eu acho que esse não é o momento de debater esse problema. Eu acho que a gente tem que avançar no imposto de renda, nós precisamos avançar na reforma administrativa. Agora, o que eu acho que é preciso discutir com seriedade é a questão da tipificação das penas. Também não dá para algum cidadão que foi levado ao erro em algum momento, por um processo de invasão, pegar uma pena de 10, 12 anos. Eu acho que essa discussão da tipificação da pena tem que ser discutida. Mas eu acho que o Congresso tem pautas muito mais importantes para esse final de ano — ponderou.

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  • Vitrine de Lula e Tarcísio
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Vitrine de Lula e Tarcísio

Apesar do discurso de que houve uma parceria e que não há disputa de protagonismo, nas últimas semanas, o governo federal tem veiculado propagandas na televisão e nas redes sociais exaltando o túnel Santos-Guarujá, sem jamais mencionar o governo paulista.

A gestão estadual foi a responsável por fazer o projeto e modelar o edital da licitação, e também será São Paulo que vai fiscalizar as obras. Mas esse processo nem sempre foi pacífico entre os dois entes e há alguns meses gerou críticas e cobranças e até acusações de “rompimento de acordos”.

O túnel Santos-Guarujá deve ser vitrine tanto de Lula quanto de Tarcísio em 2026 — que pode disputar tanto a reeleição em São Paulo como tentar a presidência da República. A obra rendeu um dos momentos de maior proximidade dos dois adversários políticos quando, em fevereiro de 2024, presidente e governador estiveram lado a lado em um palanque no Porto de Santos para anunciar que o projeto, prometido há cem anos, sairia do papel.

Na ocasião, os dois se abraçaram, Lula pregou “respeito às diferenças”, censurou vaias da plateia ao governador e disse que ele teria “tudo o que for necessário” de seu governo. Tarcísio, por sua vez, agradeceu a “parceria” e afirmou que eles iriam “deixar um legado trabalhando juntos”.

A aparente cumplicidade daquele dia não durou muito. De lá para cá, os dois passaram a se criticar publicamente em diversas ocasiões e evitam aparecer lado a lado.

Com o fortalecimento de seu nome para disputar o Palácio do Planalto em 2026 como representante do bolsonarismo nos últimos meses, Tarcísio tem feito oposição direta a Lula, seja criticando seu governo e suas ações em relação ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil e organizado reuniões com governadores de oposição, seja na atuação cada vez mais contundente pela anistia aos condenados pelo 8 de janeiro e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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