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finalista inédito, Cruzeiro enfrentou reformulações internas e vendas da SAF até encontrar melhor versão

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setembro 7, 2025
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13.533 torcedores apoiaram o time feminino do Cruzeiro na semifinal do Brasileirão — Foto: Gustavo Martins/Cruzeiro

Após seis meses de disputas, Cruzeiro e Corinthians começam, neste domingo, às 10h30 no Independência, em Belo Horizonte, a decidir quem será o grande campeão do Brasileirão Feminino A1 de 2025. Enquanto a equipe paulista busca seu sétimo título, sexto consecutivo, em sua nona final do torneio, o time mineiro disputa sua primeira decisão, colhendo os primeiros frutos dos investimentos recentes no futebol feminino. Nos últimos seis anos, a equipe foi criada, trocou duas vezes de comando com as SAFs e passou por mudanças internas, e hoje vive sua melhor fase. Entenda.

Assim como boa parte dos clubes que hoje dominam a elite do futebol praticado pelas mulheres no Brasil, o Cruzeiro criou sua equipe em 2019, após a determinação da Conmebol de que, para disputar os torneios masculinos, os clubes deveriam ter também uma equipe do feminino. Bárbara Fonseca foi escolhida para montar o primeiro elenco e permaneceu na Toca da Raposa desde então, hoje como diretora de futebol feminino.

Já no primeiro ano, o Cruzeiro acumulou dois bons resultados: foi campeão estadual, deixando para trás o América-MG, que defendia o tricampeonato; e ficou com o vice-campeonato do Brasileirão A2, perdendo para o São Paulo. A vaga na final, no entanto, garantiu o acesso à elite nacional, e, desde 2020, as Cabulosas disputam a principal competição feminina de futebol.

Entre 2020 e 2022, o Cruzeiro aumentou os investimentos na equipe feminina, mas, dentro de campo, a equipe sofreu para consolidar o desempenho. A melhor colocação na primeira fase do Brasileirão A1 foi no primeiro ano na elite, terminando o turno único na 10ª posição, perdendo o mata-mata por duas posições. No Estadual, chegou às três finais, mas acumulou três derrotas seguidas para o rival Atlético-MG.

Dois fatores deram a primeira guinada significativa no desenvolvimento da equipe. Em dezembro de 2021, Ronaldo comprou a SAF do Cruzeiro, e os investimentos no futebol feminino aumentaram, embora ainda muito longe da expectativa quando a compra foi feita. E em maio de 2022, Kin Saito assumiu como diretora técnica, promovendo uma série de mudanças internas e conseguindo, em dois anos, levar a equipe para o centro das discussões.

No mesmo ano, as Cabulosas triunfaram sobre o Atlético-MG e conquistaram o primeiro título estadual, encadeando outros dois na sequência. E em 2023 e 2024, conseguiram a vaga no mata-mata do Brasileirão A1 — foram eliminadas pelo Corinthians e Palmeiras, respectivamente, nas quartas de final. Outra parceria, que dura até hoje, ajudou a colocar a equipe nos trilhos: a chegada do treinador Jonas Urias, em setembro de 2023, após quatro anos à frente da seleção brasileira sub-20.

Se a primeira venda da SAF deu o pontapé inicial para o Cruzeiro feminino alçar voos mais altos, a segunda, para o empresário Pedro Lourenço, fez a situação deslanchar de vez. Inicialmente, a fala de que o clube não faria maiores investimentos e utilizaria a mesma base financeira causou preocupação, mas as afirmações não refletiram o andamento do trabalho. No segundo semestre de 2024, Kin Saito deixou o cargo, e Bárbara Fonseca assumiu o comando da equipe feminina. E, durante uma conversa de mais de duas horas com o novo dono do clube, percebeu que o caminho não teria mais empecilhos, pelo contrário.

Em 2025, a folha salarial aumentou em 50%, principalmente com as chegadas da zagueira Isa Haas e da atacante Letícia Ferreira. A primeira foi fundamental para consolidar o sistema defensivo da equipe, sob a liderança de uma das campeãs da Copa América pela seleção brasileira, em junho: em 22 partidas até agora, o Cruzeiro tem saldo positivo de 23 gols, com apenas 20 ocasiões em que foi vazado.

No ataque, balançou as redes dos adversários 43 vezes, e em 10 delas, a recém-contratada foi a responsável. Ferreira ainda pode se isolar na vice-artilharia do Brasileirão, se marcar nas finais: ela está empatada com Paulina Gramaglia, do Bragantino, e atrás de Amanda Gutierres, do Palmeiras, com 17 gols. A campanha terminou com a liderança da tabela, na primeira fase, com 36 pontos e 12 vitórias conquistadas, resultando um aproveitamento de 80%.

13.533 torcedores apoiaram o time feminino do Cruzeiro na semifinal do Brasileirão — Foto: Gustavo Martins/Cruzeiro

Nos dois jogos da final do Brasileirão, a missão será difícil: vencer o hexacampeão Corinthians, que conta com a experiência da nona final consecutiva. As equipes já se enfrentaram em 11 ocasiões, e a única vitória do Cruzeiro foi colossal: uma goleada por 7 a 2, no campeonato do ano passado. Neste ano, porém, as Cabulosas levaram a pior em três oportunidades. Foram eliminadas na semifinal da Supercopa, em janeiro; na terceira fase da Copa do Brasil, no mês passado, nos pênaltis; e perderam de 4 a 2 pela primeira fase do Brasileirão.

Para encarar o gigante, as Cabulosas poderão contar com o apoio da torcida: na semifinal contra o Palmeiras, no último domingo, o público foi de 13.533, recorde das partidas do futebol praticado pelas mulheres. A expectativa é de que o número passe dos 20 mil presentes no Independência neste domingo, e a vitória é essencial para construir o resultado: no próximo domingo (14), a torcida do Corinthians promete lotar a NeoQuímica Arena, como fez nos últimos anos, com público passando da marca dos 40 mil presentes.

As Brabas têm ainda a motivação extra de encerrar um jejum de quase um ano sem títulos, o maior período desde a conquista do primeiro Brasileirão, em 2019. O último título foi o pentacampeonato da Libertadores, em outubro, e desde então amargaram derrotas nas finais do Paulistão, um mês depois, e da Supercopa, em março deste ano.

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