O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeitou o convite para diálogo feito em uma carta pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmando que a mensagem estava repleta de “mentiras”, anunciou a Casa Branca nesta segunda-feira.
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— Maduro repetiu muitas mentiras nessa carta, e a posição do governo sobre a Venezuela não mudou — declarou a secretária de imprensa Karoline Leavitt em uma coletiva de imprensa. — Nós [o governo Trump] vemos o regime de Maduro como ilegítimo e o presidente mostrou claramente que está disposto a usar todo e qualquer meio necessário para parar o tráfico ilegal de drogas mortais do regime venezuelano para os EUA.
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A Venezuela realizou neste sábado uma jornada de treinamento militar nas ruas para preparar civis diante de uma eventual agressão dos Estados Unidos, enquanto o presidente Donald Trump ameaçou Caracas com consequências “incalculáveis” caso não aceite o retorno de imigrantes deportados. Os Estados Unidos mobilizaram há quase um mês oito navios de guerra no Caribe sob o argumento de combater o narcotráfico e disseram ter destruído ao menos três embarcações de supostos narcotraficantes em águas próximas à Venezuela, em ataques que deixaram 14 mortos.
A Venezuela denuncia um plano de Washington para buscar uma “mudança de regime” com a intenção de se apoderar do petróleo e de outros recursos naturais.
Em paralelo, Trump ameaçou neste sábado com consequências “incalculáveis” a Venezuela caso se recuse a aceitar de volta os imigrantes deportados.
“Queremos que a Venezuela aceite imediatamente todos os presos e as pessoas de instituições mentais (…) obrigados a entrar nos Estados Unidos da América”, escreveu Trump em sua conta na plataforma Truth Social. Ele acrescentou em letras maiúsculas que, do contrário, “o preço que pagarão será incalculável”.