A líder da Igreja da Unificação, Han Hak-ja, foi presa nesta semana, em Seul, sob acusações de fornecimento de fundos políticos ilegais e suborno. Entre os alvos das supostas irregularidades estão a mulher do ex-presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, e o legislador conservador Kweon Seong-dong, aliado de Yoon.
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Han Hak-ja tem 82 anos e assumiu a liderança da Igreja da Unificação após a morte de seu marido, o fundador Rev. Sun Myung Moon, em 2012. Entre os seguidores da igreja, Han é conhecida como “verdadeira mãe”.
O tribunal que autorizou a prisão dela, nesta semana, justificou a decisão citando o risco de que, se permanecesse em liberdade, “ela poderia tentar destruir provas criminais contra si”.
Segundo as investigações, Han teria desviado recursos da igreja, oficialmente chamada Federação das Famílias para a Paz Mundial e Unificação, para obter “favores políticos para os interesses comerciais da igreja”, incluindo o pagamento de US$ 72 mil a Kweon antes da eleição de Yoon em 2022.
A prisão de Han ocorre em um contexto de instabilidade política na Coreia do Sul, marcada pelo impeachment de Yoon em abril, após meses de turbulência política provocados, entre outras ações, pela declaração de lei marcial do ex-presidente em dezembro.
A investigação do caso de suborno começou com a prisão da esposa de Yoon, Kim Keon Hee, acusada de receber presentes luxuosos de um ex-funcionário da Igreja da Unificação.
Han Hak-ja nega todas as acusações: “Por que eu faria isso?”, afirmou. A igreja também afirmou que os fundos enviados a Kweon deveriam ser considerados como “um presente típico do Ano Novo coreano” e que a líder não teve envolvimento em qualquer situação envolvendo a esposa do ex-presidente e o ex-funcionário.
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Fundada em 1954, a Igreja da Unificação se tornou um movimento internacional, controlando empresas de diversos setores e promovendo práticas como os “casamentos em massa” entre pessoas de diferentes países.
Nos últimos anos, a instituição tem estado no centro de controvérsias internacionais, incluindo a dissolução de sua filial japonesa após o assassinato do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, ligado a ressentimentos contra a igreja.