Enfrentar o Estudiantes nas quartas de um final de um torneio continental, decidindo o confronto fora de casa, e para jogar contra o Racing na semifinal. O cenário da Libertadores de 2025 não é uma novidade para o Flamengo, que já esteve no caminho dos dois adversários argentinos na Supercopa Libertadores de 1992. Há 33 anos, a equipe pentacampeã brasileira liderada por um veterano Júnior saiu de La Plata com a vaga, o que a torcida espera que o time desta temporada repita, a partir das 21h30 de amanhã.
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Os gols de Pedro e Varela ajudaram o rubro-negro a vencer por 2 a 1 na última quinta-feira, e poder até empatar para se classificar no Jorge Luis Hirschi — na semi, o adversário será o Racing, que ontem eliminou o Vélez. Na então primeira visita do clube ao estádio de La Plata em sua história, o cenário era parecido.
Até esta Libertadores, todos os oito encontros anteriores entre Flamengo e Estudiantes haviam acontecido na Supercopa Libertadores — torneio que reunia os campeões continentais —, em 1988, 1991, 1992 e 1994. Nas duas primeiras oportunidades, porém, os jogos na Argentina haviam acontecido em outros estádios.
Em 1992, o rubro-negro chegou à antiga versão do estádio de La Plata com uma vantagem de 1 a 0. No jogo de ida das quartas, disputado em Moça Bonita, em Bangu — o Maracanã estava fechado em função do acidente trágico na final do Brasileirão —, Gaúcho fez de pênalti o gol solitário. Ao fim daquele jogo, houve princípio de confusão.
Com tudo em aberto para a partida de volta, o Flamengo só precisava do empate, assim como agora em 2025. E conseguiu. Aos 30 minutos do segundo tempo, Júnior tocou por cima para Marquinhos, que abriu o placar e deixou a classificação mais próxima. Sete minutos depois, Siviski empatou com uma meia-bicicleta, mas não foi suficiente.
À base do desespero, o Estudiantes lançou mão de pressão e violência. Após o apito final, como relatou O GLOBO em sua edição do dia seguinte, “um show de violência e selvageria entre os próprios argentinos”. Jogadores do time argentino cercaram o árbitro Ernesto Filippi, antes que um torcedor invadisse o campo para agredir um uruguaio e um policial. Os jogadores brasileiros não se envolveram.
Na semifinal, o Flamengo acabou eliminado pelo Racing. O jogo de ida foi realizado no Pacaembu, em São Paulo, e terminou empatado em 3 a 3. Os argentinos venceram por 1 a 0 em Avellaneda.
O rubro-negro fez nova visita a La Plata dois anos depois, e também foi despachado. Nas oitavas de final da Supercopa de 1994, empatou por 0 a 0 no Maracanã e perdeu por 2 a 0 no Jorge Luis Hirschi. Após 31 anos, as equipes voltarão a se encontrar em uma versão de estádio bem diferente.