Um aeroporto dinamarquês voltou a fechar brevemente após outro suposto avistamento de drones, informaram a polícia e a mídia local nesta sexta-feira, depois de a primeira-ministra atribuir incidentes semelhantes ocorridos nesta semana a “ataques híbridos”.
O espaço aéreo sobre o terminal de Aalborg, no norte da Dinamarca, foi fechado por volta das 23h40 (hora local) de quinta-feira, devido à presença de drones na área, informou a emissora pública DR, citando um funcionário do aeroporto.
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A polícia regional afirmou posteriormente, em comunicado, que o fechamento ocorreu por suspeita de atividade desses aparelhos e acrescentou que o espaço foi reaberto às 00h35 desta sexta-feira.
Não ficou claro se as autoridades confirmaram a presença de drones.
O fechamento obrigou um voo da KLM vindo de Amsterdã a dar meia-volta e levou ao cancelamento de uma viagem da Scandinavian Airlines com origem em Copenhague, segundo sites de monitoramento aéreo e páginas das companhias.
Já haviam sido avistados drones na quarta-feira e na quinta de manhã nos aeroportos de Aalborg, Esbjerg, Sonderborg e na base aérea de Skrydstrup, antes de se afastarem por conta própria, alertou então a polícia.
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Esse incidente também havia provocado o fechamento do terminal de Aalborg durante várias horas.
O avistamento de drones levou ainda ao fechamento do aeroporto de Copenhague no início desta semana.
A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, afirmou na quinta-feira em uma mensagem em vídeo que o país havia sido “vítima de ataques híbridos”, em referência a uma forma de guerra não convencional.
O Ministério da Defesa denunciou uma operação “sistemática” conduzida por um “ator profissional”, sem especificar qual.
Esses incidentes ocorrem após a incursão de drones russos na Polônia e na Romênia e de aviões de combate de Moscou no espaço aéreo da Estônia, embora as autoridades dinamarquesas e europeias não tenham estabelecido até agora qualquer relação entre os fatos.
Frederiksen afirmou, no entanto, que a Rússia era “o principal país que representa uma ameaça para a segurança da Europa”.
Moscou rejeitou “categoricamente” qualquer envolvimento no ocorrido, e sua embaixada em Copenhague denunciou uma “provocação orquestrada”.