O espanhol Marc Márquez conquistou neste domingo seu sétimo título da MotoGP ao terminar em segundo lugar no Grande Prêmio do Japão, no circuito de Motegi. O piloto da Ducati fica agora a apenas um campeonato do recordista histórico, o italiano Giacomo Agostini.
- Vídeo: Campeão mundial de MotoGP, Jorge Martín fratura clavícula em queda no GP do Japão e passará por cirurgia
- Aos 21 anos: Morre ex-jogador do Arsenal que estava em coma induzido após sofrer grave lesão cerebral durante jogo
Aos 32 anos, Márquez volta ao topo após superar problemas físicos e trocar a Honda — com a qual havia vencido seis títulos entre 2012 e 2019 — pela equipe italiana. Na temporada, exibiu domínio quase absoluto.
— Não consigo nem falar— disse o piloto catalão, emocionado: — Só quero aproveitar o momento. É verdade que foi muito difícil. Estou surpreso comigo mesmo.
A corrida foi vencida por seu companheiro de equipe, o italiano Francesco Bagnaia. Para confirmar o título, bastava a Márquez chegar em segundo, independentemente do desempenho de seu irmão Álex, rival mais próximo, que terminou em sexto após largar da oitava posição.
Com o novo título, Márquez iguala Valentino Rossi, que também tem sete conquistas na MotoGP, e fica a um passo de Agostini, dono de oito coroas na categoria máxima. Em números absolutos, o espanhol soma nove campeonatos, contando os triunfos nas antigas 125 cc e Moto2.
Bagnaia, bicampeão mundial, venceu também a sprint de sábado. Largando da pole, manteve a liderança desde a primeira curva. Márquez, em terceiro no início, ultrapassou Pedro Acosta e garantiu o segundo posto até o fim.
A nove voltas da bandeirada, o italiano viu fumaça sair de sua Ducati, mas manteve o ritmo e conquistou seu segundo triunfo consecutivo em Motegi. Joan Mir (Honda) completou o pódio, em terceiro, seguido por Marco Bezzecchi (Aprilia).
O atual campeão mundial, Jorge Martín, ficou fora da etapa após fraturar a clavícula em acidente no treino de sábado.
Com um estilo menos agressivo e mais maduro, Márquez construiu sua campanha com 11 vitórias em 16 provas, além de oito poles. Só ficou fora do pódio em Jerez, no GP da Espanha. Nas corridas sprint, levou 10 das 13, garantindo sete dobradinhas consecutivas entre junho e agosto.
Antes de chegar a Motegi, já somava 512 pontos e uma vantagem de 182 sobre Álex Márquez. Bastava ampliar a diferença para 185, o que foi alcançado neste domingo.
— Todos esses resultados não são mais do que a consagração de um campeão redescoberto — afirmou o chefe da Ducati, Luigi Dall’Igna.
Mais de 2.100 dias após sua última conquista, Márquez volta ao trono da MotoGP. O feito rendeu elogios até de rivais históricos.
— Marc deixou todos nervosos; quanto mais você vê o que ele faz, mais se desanima — disse o ex-piloto Andrea Dovizioso ao jornal La Gazzetta dello Sport.
Até mesmo Agostini, ídolo máximo do motociclismo, se rendeu:
— Marc é capaz até de bater meu recorde de campeonatos.