As operações no Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, serão retomadas às 14h desta terça-feira, afirmou a Infraero. O local está fechado desde o início da manhã por causa de vazamento de óleo que atingiu a pista principal. De acordo com a Infraero, o incidente ocorreu durante uma manutenção preventiva noturna, quando não há movimentação de aeronaves. Até as 9h55, foram registrados 23 voos de partida cancelados, 23 voos de chegada cancelados e 10 voos alternados para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, na Zona Norte da capital.
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A limpeza da pista para a liberação da área, usada tanto na aterrissagem, para a frenagem das aeronaves, quanto no momento da decolagem, segue sendo realizada. Os passageiros estão sendo orientados a aguardar ou remarcar seus voos.
A interrupção das operações no Santos Dumont tem reflexos na ponte aérea Rio-São Paulo, afetando voos que partem do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo. Segundo a Aena — , empresa que assessora o aeroporto —, 18 voos foram cancelados, todos com origem ou destino ao Santos Dumont — sendo 13 chegadas e cinco partidas.
Algumas partidas com destino ao Rio de Janeiro estão sendo redirecionadas para o Aeroporto do Galeão. Os cancelamentos e atrasos concentram-se principalmente na parte da manhã, afetando a movimentação de passageiros entre as duas capitais. Os dados foram obtidos a partir do painel de informações do Aeroporto de Congonhas e da Aena.
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Por causa do fechamento do Santos Dumont, passageiros enfrentaram uma manhã de caos. Muitos dos que lotam o saguão se queixam de falta de informações. Um deles é o deputado federal Chico Alencar (PSol). embarcaria para Brasília às 6h05 e já estava no avião quando o comandante informou sobre o vazamento de óleo na pista. A informação foi de que a decolagem ocorreria em 15 minutos. Quatro horas depois, ele segue aguardando:
— Vários voos sendo cancelados, mas o nosso continua mantido com esse atraso já de quatro horas. E a gente sem uma informação precisa, foi um oleoduto que abriu na pista, não tem equipe suficiente para fazer a limpeza, o que era rápido revelou-se demorado e complicado. Direito à informação é o básico. A companhia pode estar mal informada pela concessionária do aeroporto e isso é uma situação que, sobretudo, afeta os passageiros, os clientes, os consumidores.
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Outro passageiro impactado foi Lohran de Oliveira, de 35 anos, que trabalha com construção civil. Ele tinha voo marcado para 8h50 com destino a Brasília, onde deveria supervisionar a construção de uma pista de skate em um parque municipal, com entrega prevista até o final de novembro. O atraso do voo comprometeu seu cronograma de trabalho.
— Pelo menos foi algo generalizado, e todos lá já sabem o que aconteceu, mas isso afeta nosso trabalho diretamente— disse Lohran.
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Entre os passageiros afetados, também está o engenheiro Marcelo Gomes. Convidado a embarcar às 6h20, ele e os demais passageiros aguardaram até as 8h, quando foram orientados a desembarcar devido ao cancelamento do voo. O embarque foi remarcado inicialmente para 10h40, mas também não ocorreu, sendo apenas confirmado para as 15h.
— Esta semana eu precisava estar em São Paulo até as 10h. Isso gera impactos não só para minha empresa, mas para o país, já que trabalho em uma multinacional que gera empregos. Falta que a Infraero esteja preparada para incidentes deste nível e que as companhias tenham condições de lidar com situações assim — disse.
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Em nota, a Gol informou que, até o momento, “registrou 03 voos alternados para o Aeroporto do Galeão (GIG) e alguns voos foram cancelados devido ao fechamento da pista do aeroporto Santos Dumont (SDU), fator totalmente alheio ao controle da Companhia. Todos os Clientes impactados estão recebendo as tratativas previstas pela resolução 400 da ANAC conforme as necessidades”.