Duas pessoas foram mortas na noite de quarta-feira ao tentar, em grupo, “assaltar” um posto da gendarmaria no sul do Marrocos. O país atravessa uma onda de protestos que tem se espalhado por diversas cidades, segundo autoridades citadas pela agência oficial MAP.
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Os atos, convocados pelo coletivo GenZ 212 — que surgiu nas redes sociais —, reivindicam melhorias nos sistemas de saúde e educação. Embora manifestações tenham sido autorizadas pela primeira vez na noite de quarta-feira, episódios de violência foram registrados em várias localidades.
De acordo com as autoridades, os gendarmes da cidade de Lqliaa “se viram obrigados a fazer uso de suas armas de serviço, em legítima defesa, para repelir um ataque e um assalto perpetrados por grupos de indivíduos contra as instalações dessa brigada territorial, numa tentativa de se apoderar de munição, material e armas de serviço”.
Ainda segundo a versão oficial, os agressores, armados com facas, atacaram duas vezes o posto policial, incendiaram um veículo e parte do edifício antes de “iniciar uma tentativa de roubo” do material da força de segurança.
Uma investigação judicial foi aberta sob supervisão da Promotoria.
Na terça-feira, dia anterior ao episódio, confrontos entre manifestantes e forças de segurança deixaram mais de 400 detidos e cerca de 300 feridos, segundo o Ministério do Interior marroquino.