A decisão da influenciadora Ingrid Ohara de realizar, em uma única cirurgia, seis procedimentos estéticos — entre eles, Lipo Ultra HD 360, lipoenxertia glútea, prótese de mama, remodelação costal, ninfoplastia e hernioplastia umbilical — reacendeu o debate sobre a segurança de combinar múltiplas intervenções no mesmo momento cirúrgico.
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Em suas redes sociais, Ingrid explicou que a intenção inicial era fazer somente uma lipoaspiração nos braços, para corrigir a flacidez causada pelas variações de peso ao longo dos anos. “A minha primeira reunião foi para fazer só uma lipo nos braços. Engordei e emagreci algumas vezes ao longo da minha vida e fiquei flácida. Eu treino, me alimento bem, mas teve uma fase que engordei 20 quilos, depois emagreci, e isso deixou marcas. Esse ano perdi muita gordura e fiquei sem nada de seio. Aí uma coisa foi levando à outra”, relatou.
Embora cada procedimento, isoladamente, seja comum no universo da cirurgia plástica, a cirurgiã Chreichi L. Oliveira alerta para os cuidados necessários quando múltiplas técnicas são realizadas de forma simultânea.
Prós e contras das cirurgias combinadas
Segundo a especialista, a estratégia pode trazer vantagens específicas, mas exige planejamento criterioso e responsabilidade médica.
— Entre os benefícios, está a possibilidade de alcançar uma transformação corporal mais completa em menos tempo, reduzindo o número de internações, de anestesias e de afastamentos das atividades do dia a dia. Para alguns pacientes, isso significa praticidade e até economia no processo — explica.
Por outro lado, o acúmulo de procedimentos também eleva consideravelmente os riscos. — Cirurgias prolongadas sobrecarregam o organismo, elevam a chance de complicações como sangramentos, infecções, trombose e até complicações anestésicas graves. Além disso, a recuperação se torna mais complexa, já que diferentes áreas do corpo precisam cicatrizar simultaneamente — alerta.
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Outro fator importante é o tempo cirúrgico considerado seguro. — Cada minuto a mais na mesa de cirurgia eleva o risco do paciente. Por isso, a indicação de combinar procedimentos deve ser muito bem avaliada e nunca baseada apenas no desejo de resultados rápidos — reforça a médica.
Dra. Chreichi ainda destaca que não existe uma fórmula única para todos os casos. A decisão depende de uma série de fatores, como o estado de saúde geral, os resultados dos exames pré-operatórios, o perfil físico e emocional do paciente e, claro, a experiência da equipe médica responsável.
— Quando bem planejadas e em casos selecionados, algumas combinações de cirurgias podem ser seguras. O que não pode acontecer é banalizar a prática ou tratar o corpo como se fosse um objeto a ser esculpido de uma só vez — conclui.