A fase de prova de títulos nesta segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) passou por mudanças importantes, e os candidatos precisam ficar atentos. Essa etapa é mais uma oportunidade para aumentar a pontuação e garantir a tão sonhada aprovação. Confira as novidades e saiba se já vale a pena começar a separar a documentação necessária.
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Para quem fez a primeira fase do CNU 2 neste domingo, o GLOBO preparou uma live com professores do Gran Concursos e elaborou, também nesta parceria, gabaritos extraoficiais para todas as provas. A live pode ser conferida neste link:
Na edição anterior, o período para envio das documentações foi de apenas dois dias. Desta vez, poderão ser enviadas do dia 13 ao dia 19 de novembro.
Essa etapa é classificatória, mas não elimina candidatos, e apenas os aprovados nas duas fases do CNU (objetiva e discursiva) participarão dela.
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Para o especialista em concursos públicos do Gran Concursos Eduardo Cambuy, se o prazo para envio dos títulos se mantivesse em apenas dois dias, os candidatos já deveriam estar providenciando a documentação comprobatória. No entanto, ele ressalta que desta vez “não há necessidade de urgência”.
Além disso, a segunda edição do CNU reduziu o requisito de experiência profissional para alguns cargos, o que facilita a vida dos candidatos, que não precisarão correr atrás de empresas ou órgãos públicos onde trabalharam para conseguir declarações.
— Acho que seria uma preocupação desnecessária agora, porque tomaria um tempo que o candidato poderia estar dedicando ao estudo. Em cinco dias, dá para separar a documentação, a menos que precise pedir uma segunda via — afirma Cambuy.
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Em casos específicos em que seja mais difícil reunir documentos — como quando a universidade em que se formou fechou ou quando a burocracia é mais lenta —, pode valer a pena começar a providenciar a papelada desde já.
Victor Gammaro, coordenador do Direção Concursos, afirma que, se não for esse o caso, não há necessidade de se apressar.
— Entre a prova objetiva e a discursiva são dois meses — explica Gammaro.
Dicas para o CNU 2025
Outra mudança importante na prova de títulos é a pontuação. Nesta edição, os candidatos de nível intermediário poderão somar no máximo 2 pontos, enquanto os de nível superior terão até 5 pontos, mesmo que os títulos apresentados ultrapassem esses valores.
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O que antes representava até 10% da nota máxima final, agora corresponde a apenas 2%, no caso do Nível Intermediário e a 2,5% no Nível Superior. Segundo Cambuy, nesta edição a fase está “um pouco menos impactante”.
— No concurso passado, essa etapa tinha um peso bem significativo. Agora, a pontuação é menor, e tanto o peso quanto a relevância diminuíram — explica.
A soma das notas para os blocos de nível superior será da seguinte forma: Nota da prova de Conhecimentos Gerais + Nota da prova de Conhecimentos Específicos + Nota da prova discursiva + Nota da prova de títulos (quando houver).
Veja a soma das pontuações:
- Prova objetiva: 90 questões, divididas em 30 de Conhecimentos Gerais, valendo até 30 pontos, e 60 de Conhecimentos Específicos, que podem chegar a 120 pontos, considerando os eixos temáticos.
- Prova discursiva: 2 questões, valendo 22,5 pontos cada, totalizando até 45 pontos.
- Prova de títulos: até 5 pontos.
- Total: 200 pontos.
Para a prova de Conhecimentos Específicos, a nota final será calculada a partir da soma dos acertos em cada eixo multiplicado pelo peso deste eixo, fazendo assim a nota ponderada. O candidato pode consultar, em detalhes, o peso de cada eixo temático nas páginas finais de cada edital. Se o cargo tiver prova de títulos, a regra para a nota final muda.
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Nestes blocos, a nota final ponderada (NFP) será a soma da pontuação nas provas objetivas e da nota da redação. Mas os títulos também contam. Entenda:
- Prova objetiva: 68 questões, valendo até 68 pontos.
- Redação: até 30 linhas, totalizando no máximo 30 pontos.
- Prova de títulos: até 2 pontos.
- Total: 100 pontos.
*Estagiária sob supervisão de Luciana Rodrigues.