Uma ação do Instituto Albatroz nesta segunda-feira devolveu à natureza 16 pinguins-de-Magalhães no mar de Arraial do Cabo, região dos Lagos. Os animais estavam em reabilitação desde que foram resgatados em diversos pontos da região dos Lagos pelo Projeto de Monitoramento de Praias (PMP-BC/ES) da Petrobras.
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Durante o outono e inverno, os pinguins-de-Magalhães partem de suas colônias reprodutivas na Patagônia Argentina em busca de alimentos em águas mais quentes, chegando ao litoral brasileiro, principalmente às regiões Sul e Sudeste. No entanto, alguns animais acabam encalhando nas praias fluminenses, sobretudo os mais jovens e de “primeira viagem”. Eles chegam fracos e exaustos e, por isso, precisam passar pela reabilitação. No caminho deles, ainda há apetrechos de pesca e a poluição marinha, que podem agravar a situação.
Desde julho, a equipe do Instituto Albatroz vem resgatando e reabilitando os pinguins, envolvendo a dedicação de diversos profissionais, como técnicos e monitores de campo, médicos veterinários, biólogos e tratadores. Por serem animais gregários, que vivem em bando, a soltura de pinguins deve ser feita em grupo.
— É um momento único! Por isso, hoje, tentamos reunir quase todos os colaboradores para participar da ação — celebra a médica veterinária Daphne Goldberg, responsável técnica da Albatroz.
A maior parte dos pinguins resgatados chegou ao Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) do Instituto Albatroz em estado crítico, apresentando significativa magreza, hipotermia e debilidade. Para a recuperação, os animais passam por um cuidadoso processo de reabilitação com a administração de fluidos, terapia de aquecimento e uma dieta formulada para atender às necessidades nutricionais. Isso permite um aumento de peso em até 60% durante o período de tratamento.
Os pinguins receberam microchips subcutâneos para os pesquisadores monitorarem a saúde dos animais e o fluxo migratório deles. Com os transmissores é possível acompanhar o deslocamento dos pinguins em tempo real, saber quanto tempo levam para chegar às colônias e, ainda, se o grupo permanece unido ao longo da viagem de volta para casa.Os pinguins receberam microchips subcutâneos para os pesquisadores monitorarem a saúde dos animais e o fluxo migratório deles. Com os transmissores é possível acompanhar o deslocamento dos pinguins em tempo real, saber quanto tempo levam para chegar às colônias e, ainda, se o grupo permanece unido ao longo da viagem de volta para casa.
- Caso o animal esteja nadando, não o retire da água, não se aproxime e nem o encurrale. Ele pode estar apenas descansando mais próximo à faixa de areia
- Se estiver na areia, não o devolva ao mar
- Não alimente
- Não o coloque no gelo ou em balde com água, eles chegam à nossa região com muito frio e estão em busca de temperaturas mais quentes. O pinguim-de-Magalhães é uma espécie que vive em climas mais amenos
- Acione imediatamente a equipe do Projeto de Monitoramento de Praias através do telefone 0800 991 4800 – a mesma recomendação vale ao avistar outros animais marinhos na faixa de areia, vivos ou mortos