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UE propõe salvaguardas para acalmar agricultores europeus, caso haja salto das importações do Mercosul

BRCOM by BRCOM
outubro 8, 2025
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Saiba mais sobre o acordo entre Mercosul e UE — Foto: Editoria de arte

A União Europeia (UE) buscou, nesta quarta-feira, acalmar as preocupações dos agricultores europeus sobre o acordo de livre comércio com o Mercosul, bloco comercial composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, detalhando um mecanismo de adoção de salvaguardas comerciais em determinados casos. A propostas prevê ainda investigação sobre eventual impacto negativo das importações do Mercosul no mercado europeu.

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A Comissão Europeia, o braço executivo da UE, prometeu medidas de salvaguarda “rápidas e eficazes” que entrariam em vigor no caso de um aumento inesperado das importações dos países do Mercosul pelos países europeus ou uma queda excessiva nos preços que sejam prejudiciais aos agricultores europeus. O órgão havia introduzido essa previsão no texto do acordo aprovado na comissão no mês passado, ainda sem detalhes.

O movimento é uma tentativa de obter o sinal verde da França à parceria, já que o país se opõe à parceria.

As medidas anunciadas nesta quarta-feira incluem “vigilância reforçada” de produtos sensíveis, como carne bovina, frango, arroz, mel, ovos, alho e açúcar. A Comissão Europeia enviará, ao Parlamento Europeu e aos Estados-membros da UE, relatórios semestrais com o impacto das importações daqueles produtos bloco europeu. Esses relatórios especiais abrangerão tanto o mercado da UE como um todo quanto a dinâmica dos mercados nacionais individuais.

Saiba mais sobre o acordo entre Mercosul e UE — Foto: Editoria de arte

A comissão acrescentou que planeja lançar investigações em três casos: se os preços de importação do Mercosul forem pelo menos 10% mais baixos do que os preços dos mesmos produtos ou produtos concorrentes da UE; se houver um aumento de superior a 10% no volume das importações anuais de um produto do Mercosul sob condições preferenciais; ou uma queda de 10% nos preços de importação dos produtos do Mercosul em comparação com os valores que eram cobrados por esses produtos no ano anterior.

Qualquer investigação será concluída em um prazo máximo de quatro meses e, se for detectado qualquer “dano grave” causado pelas importações provenientes dos países do Mercosul, a UE retiraria temporariamente os regimes tarifários preferenciais, para aliviar os possíveis impactos negativos de aumentos de custos sobre bens e produtos. Ou seja: seriam reintroduzidas tarifas de importação sobre os produtos afetados.

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A Comissão acrescentou que, se um Estado-membro solicitar uma investigação e houver “motivos suficientes” para realizá-la, ela o fará “em um prazo máximo de 21 dias”.

“A Comissão estará pronta para agir rapida e decisivamente, se necessário, para proteger os interesses do nosso setor agroalimentar”, afirmou o comissário de agricultura da UE, Christophe Hansen, em um comunicado.

— Foto: Editoria de arte
— Foto: Editoria de arte

Segundo Bruxelas, o acordo com o Mercosul permitiria aos exportadores europeus economizar mais de € 4 bilhões (R$ 25 bilhões na cotação atual) em tarifas por ano na América Latina.

A Comissão Europeia espera a ratificação do acordo entre a UE e Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai antes do fim de 2025, durante a presidência brasileira do Mercosul.

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A França reitera há anos sua oposição ao projeto do acordo por considerá-lo uma ameaça à sua produção de carne bovina, aves, açúcar e biocombustíveis, além de solicitar medidas de proteção adicionais.

O acordo com o Mercosul conta com muitos apoiadores na Europa, como a Alemanha, que busca novos mercados para suas empresas, especialmente desde o retorno de Donald Trump à Casa Branca e sua imposição de tarifas.

De acordo com integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva envolvidos nas negociações, já existe maioria necessária para a aprovação do acordo pelo Conselho Europeu — 15 de um total de 27 países do bloco, que representam 65% da população.

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