A novidade já chegou às cidades de São Paulo (SP) e Goiânia (GO) e desembarca no Rio de Janeiro ainda este ano. Depois, a implementação ganha um ritmo mais amplo e promete chegar a 100 cidades até a metade de 2026.
A expertise em mobilidade urbana da empresa — que oferece serviço de transporte em mais de 3 mil cidades do Brasil — vai trazer novidades para o mercado de delivery. A 99Food utiliza seu conhecimento em logística e nos hábitos dos brasileiros para oferecer mais eficácia e qualidade na entrega de comida. Com um aporte de R$ 2 bilhões para ser investido entre abril de 2025 e junho de 2026, a plataforma aposta em estratégias para equilibrar os preços dos pratos, tornar a entrega mais fácil e acessível e estabelecer melhores acordos comerciais com os estabelecimentos.
— Nossa proposta está fortemente baseada em realizar algo totalmente diferente, com o objetivo de fazer o mercado crescer. Para isso, no início de nossa operação, desoneramos os restaurantes: zeramos a comissão cobrada sobre os pedidos, eliminamos a mensalidade que eles pagam às plataformas de entrega e firmamos um acordo para que ofereçam os pratos pelo mesmo preço do menu físico. Além disso, em contrapartida, como investimento na aquisição de novos clientes, o dono de restaurante paga as duas primeiras entregas do consumidor. Dessa forma, oferecemos comida por um preço justo e com frete grátis para quem pede delivery. Essa é a nossa maneira de fazer o ‘bolo’ crescer — explica Bruno Rossini, diretor de comunicação sênior da 99.
A empresa também foca em buscar diversidade de estabelecimentos, oferecendo ao cliente a possibilidade de conhecer novas opções de menus. Rossini acredita que o investimento financeiro bem direcionado e a expertise da companhia em serviços por aplicativo formam uma combinação ideal para impulsionar o novo negócio.
— Fazemos mais de 1,5 bilhão de corridas por ano em nosso serviço de mobilidade urbana e somamos 22 milhões de clientes ativos na nossa fintech. Temos a certeza de que esse mercado tem o potencial de quintuplicar de tamanho nos próximos três anos. Se olhamos a quantidade de brasileiros economicamente ativos, com acesso à internet, cartão de crédito, não tem motivo para esse mercado não ser dez vezes maior — avalia.
— Queremos devolver o controle e o poder para quem realmente faz esse mercado girar, a tríade que sempre destacamos: quem cozinha, entrega e consome. O poder de escolha e a lucratividade precisam estar nas mãos dessas pessoas e esse é o maior desafio. O mercado precisa ser desenhado para elas — defende Rossini.
Os entregadores, peças fundamentais nesse ecossistema, vão ter oportunidade de escolher uma maneira mais segura de garantir o rendimento.
— O profissional da entrega que passar o dia fazendo serviços com a 99 vai receber um pagamento diário de R$ 250. Entendemos que é uma oportunidade para ganharem dinheiro e valorizarmos a produtividade deles. Garantimos ganhos consideráveis se ele passar o dia transportando pessoas e entregando itens e comida — explica o diretor.
A 99Food também lança mão da experiência com tecnologia para otimizar a entrega. A ferramenta calcula o tempo médio de preparo da comida de um restaurante e aciona o entregador no momento certo para que ele chegue ao estabelecimento quando o prato estiver basicamente pronto. Enquanto o motociclista se desloca, o aplicativo avisa ao cliente que o pedido está a caminho e que ele deve se preparar para recebê-lo.
Além disso, a empresa aposta na sustentabilidade e no conforto dos entregadores. Em parceria com o governo federal, a multinacional lançou um programa que visa facilitar o acesso a tecnologias de mobilidade elétrica, com créditos para compra e locação desses veículos. Na prática, isso reduz os custos dos motoristas com combustível e manutenção, garantindo mais dinheiro no bolso dos trabalhadores.