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Filmes e séries são aliados na preparação final para as provas

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outubro 11, 2025
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Peter Lanzani e Ricardo Darín no filme "Argentina, 1985" — Foto: Divulgação

Uma das principais opções de entretenimento nos dias atuais, assistir a filmes e séries pode ajudar na preparação para o Enem 2025, de forma mais relaxada e descontraída. Os estudantes podem escolher alguns títulos para revisar os conteúdos estudados, especialmente na área das Ciências Humanas, e também ampliar o repertório cultural para a redação. Esse material é parte do Projeto Enem, canal digital que publicará conteúdos gratuitos com dicas e orientações para os alunos. A iniciativa é realizada pelo GLOBO com patrocínio do Elite e da plataforma Amplia.

  • Saiba como acessar: Canal especial do GLOBO reúne dicas de professores e alunos para o Enem 2025
  • Monte o seu Top 10: Cineastas elegem os 50 melhores filmes brasileiros do século XXI

Vencedor do Oscar de melhor filme internacional, “Ainda estou aqui” (2024) é um exemplo. Dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres, o longa retrata a trajetória de Eunice Paiva, que enfrenta a dor do desaparecimento do marido — o deputado Rubens Paiva, preso e morto pelo regime militar — enquanto cria os filhos e luta para preservar a verdade sobre o passado.

Além de abordar a ditadura brasileira, assunto recorrente no Enem, o filme trata de outros aspectos que costumam aparecer no exame, destaca Caroline Lucena, coordenadora de Língua Portuguesa, Literatura e Redação do pré-vestibular do Elite, parceiro da plataforma Amplia.

— Ao unir elementos de história, emoção e direitos humanos, a obra transforma a memória individual em símbolo coletivo de resistência feminina, defesa da liberdade de expressão e valorização da democracia, temas profundamente alinhados ao perfil do Enem, que valoriza reflexões éticas e sociais sobre o papel da cidadania e da memória histórica.

Numa temática similar, o filme “Argentina 1985” (2022) faz conexões com a obra de Walter Salles por também tratar do período da ditadura no país vizinho, ao contar a história do julgamento das juntas militares que governaram o país após o golpe. Para Camila Feitosa, coordenadora de História do pré-vestibular do Elite, a capacidade de fazer relações entre fatos históricos é um ponto fundamental para o Enem, e a ficção pode auxiliar nisso.

Peter Lanzani e Ricardo Darín no filme “Argentina, 1985” — Foto: Divulgação

– A partir desses dois filmes a gente consegue fazer paralelos, por conta do período em que as ditaduras aconteceram, mas também consegue apontar diferenças – reflete a professora. — De um lado temos a Comissão Nacional da Verdade na Argentina acontecendo logo após o período de redemocratização, com os primeiros julgamentos já em 1985. É uma diferença muito grande do que acontece no Brasil. A nossa Comissão da Verdade vai demorar muito para acontecer, ela só vai ser organizada no governo da Dilma Rousseff. Então é possível ver algumas semelhanças, mas também muitas diferenças nesse contexto, e é importante que o aluno faça isso de maneira sensível.

As mensagens contidas em “Ainda estou aqui” permitem também pensar em possíveis temas para a redação. Aline Bello, professora do Colégio Mopi, sugere três: “Desafios para mitigar o desaparecimento de pessoas”, “Os desafios da efetivação dos direitos humanos como fundamento para a consolidação da democracia no Brasil” e “A importância da preservação da memória histórica para a consolidação da democracia brasileira”.

Sobre o último tema, Aline destaca que o filme evidencia como o esquecimento coletivo das violações do passado pode fragilizar a democracia e perpetuar a impunidade.

– Essa reflexão se conecta diretamente ao tema proposto, pois mostra que lembrar é um ato político: só reconhecendo os erros do passado é possível construir uma sociedade verdadeiramente livre, justa e democrática.

Tony Ramos em'Getúlio' — Foto: Divulgação
Tony Ramos em ‘Getúlio’ — Foto: Divulgação

Na reta final de preparação, os estudantes devem ter atenção aos assuntos mais recorrentes no Enem. Na área de História, a Era Vargas é um deles, período retratado nos filmes “Getúlio” (2014) e “Olga” (2004).

– São perspectivas diferentes da história do Brasil durante os governos de Getúlio Vargas. Falam sobre movimentos sociais, mostram embates políticos e apresentam o contexto nacional e internacional – explica Camila Feitosa.

Ainda em História, questões relacionadas aos direitos fundamentais costumam aparecer na prova, em diálogo com a Sociologia. Entre os filmes indicados por Camila para refletir sobre esses temas estão “Cidade de Deus” (2002) e “Que Horas Ela Volta?” (2015).

Cena do filme'Que horas ela volta?' — Foto: Divulgação
Cena do filme ‘Que horas ela volta?’ — Foto: Divulgação

– Essas obras retratam embates atuais na sociedade brasileira, como o racismo estrutural presente nas relações e o acesso à educação, segurança e moradia, direitos garantidos na Constituição Federal, mas não alcançados por todos.

Para quem precisa de uma revisão no campo da Filosofia, a sugestão é a série catalã “Merlí”, que gira em torno de um professor da disciplina com métodos de ensino originais, inspiração para seus alunos. Cada episódio aborda um filósofo, com a teoria misturada aos dramas dos personagens. A primeira temporada vai de Platão e Aristóteles a Nietzsche e Foucault.

– Essa série é um clássico de filosofia. O aluno que está estudando vai se identificar, porque ele [o professor protagonista] vai falar de coisas que a gente fala em sala – recomenda Lígia de Albuquerque, coordenadora de Filosofia e Sociologia do Elite.

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  • Repertório sociocultural
      • Filmes e séries são aliados na preparação final para as provas

Repertório sociocultural

Ver um filme ou uma série nessas últimas semanas antes do Enem também pode ser uma oportunidade de preparação para a redação. Isso porque um dos aspectos avaliados na prova é a presença de repertório sociocultural, ou seja, uma informação, citação ou experiência vivida que, de alguma forma, esteja relacionada ao tema e contribua como argumento para a discussão proposta.

Assim, os estudantes podem mencionar em seu texto alguma obra que tenha relação com o tema da redação, sempre de forma contextualizada e articulada com as ideias utilizadas para defender seu ponto de vista.

Confira, a seguir, alguns títulos que podem contribuir para ampliar esse repertório, com os comentários da professora Caroline Lucena.

Jesuíta Barbosa em cena de "Homem com H" — Foto: Divulgação / Marina Vancini
Jesuíta Barbosa em cena de “Homem com H” — Foto: Divulgação / Marina Vancini

“O filme, assim como a música homônima, é um repertório riquíssimo — e versátil — para o Enem, pois permite discutir identidade, masculinidade, liberdade e padrões sociais, temas possíveis nos eixos Cidadania, Diversidade e Comportamento.

A obra questiona os estereótipos de masculinidade impostos pela sociedade e defende a liberdade de ser quem se é, mesmo em meio ao preconceito. Ney Matogrosso — com seu visual andrógino e performance provocativa — desconstrói a ideia tradicional de “homem viril” e propõe uma visão mais plural da identidade masculina.”

'Wicked: parte 2' — Foto: Divulgação
‘Wicked: parte 2’ — Foto: Divulgação

“O filme revisita a clássica história de ‘O Mágico de Oz’ sob uma nova perspectiva, revelando a origem da “Bruxa Má do Oeste”. A narrativa acompanha Elphaba, uma jovem de pele verde, inteligente e justa, que é marginalizada por ser diferente e acaba sendo rotulada como vilã por uma sociedade incapaz de enxergar além das aparências.

A obra propõe uma reflexão sobre preconceito, empatia e construção social da imagem do outro, ao mostrar como o poder e a mídia podem distorcer a verdade e transformar vítimas em inimigos. Assim, “Wicked” oferece um repertório valioso para temas do Enem ligados à tolerância, diversidade, manipulação da informação e valorização da alteridade, reforçando a importância de compreender a diferença como parte essencial da convivência humana e da justiça social.”

Natalie (Débora Falabella), Clara (Thainá Duarte), Luiza (Leandra Leal) e Verônica (Taís Araújo), na série Aruanas — Foto: TV Globo
Natalie (Débora Falabella), Clara (Thainá Duarte), Luiza (Leandra Leal) e Verônica (Taís Araújo), na série Aruanas — Foto: TV Globo

“A trama acompanha um grupo de ativistas que denuncia crimes ambientais cometidos por grandes corporações e enfrenta ameaças ao tentar proteger comunidades tradicionais e povos indígenas.

A obra serve como repertório para temas do Enem ligados à responsabilidade socioambiental, cidadania, ética e justiça climática, reforçando a necessidade de uma consciência coletiva voltada à preservação do planeta e à defesa das minorias que dele dependem para sobreviver.”

Última temporada de Round 6 — Foto: Divulgação
Última temporada de Round 6 — Foto: Divulgação

“A série constrói uma alegoria sobre a desigualdade social e a desumanização provocada pelo capitalismo extremo. Na trama, pessoas endividadas e marginalizadas são convidadas a participar de jogos infantis mortais em troca de uma grande quantia em dinheiro, revelando até que ponto o desespero e a ambição podem corromper valores humanos.

A obra constitui um repertório para temas do Enem ligados à desigualdade econômica, ética, empatia, desumanização e crítica ao consumismo, estimulando reflexões sobre os limites da meritocracia e o impacto das estruturas sociais na dignidade humana.”

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