Considerado um dos artistas mais talentosos de sua geração, D’Angelo se afastou dos holofotes em meio ao auge de sua popularidade. Pouco depois de encerrar a turnê do álbum “Voodoo” (2000) — aclamado pela crítica e que alcançou o topo da Billboard 200 —, o cantor decidiu desaparecer da cena musical. Ele morreu nesta terça-feira (14), aos 51 anos, em decorrência de um câncer no pâncreas, segundo comunicado enviado à imprensa.
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Durante o período em que esteve afastado, D’Angelo rompeu com ao menos dois empresários e uma gravadora. Nesse tempo, também chegou a ser preso por dirigir sob efeito de álcool e por posse de maconha e cocaína.
O retorno do cantor foi gradual a partir dos anos 2010, fazendo uma turnê pela Europa e apresentações como o tributo “Music of Prince”, junto com Questlove e integrantes das bandas The Roots e The Revolution.
Em 2014, o então empresário do cantor, Kevin Liles, já anunciava a chegada de um novo álbum, que marcaria o retorno de D’Angelo com material inédito. “É o seguinte: com D’Angelo, tudo foi um processo. Ele ficou 10 anos sem se apresentar e vem trabalhando em um álbum há 12. Eu consegui fazer com que ele voltasse aos palcos e fizesse 30 shows (entre 2011 e 2012), e depois fizemos algumas apresentações com o Questlove”, contou ele.
“Eu disse: ‘Precisamos nos motivar em torno do que as pessoas querem ouvir de você e o que significa voltar a esse espaço.’ E ele respondeu de forma muito direta: ‘Kev, o estúdio e o palco, esse é o meu sangue vital. Agora que voltei a senti-los, agora que vejo isso novamente, quero ter certeza de que o bebê que estou prestes a ter, o álbum, será levado ao ponto máximo do que ele pode ser’”, continuou.

