Cinco pessoas foram presas na tarde de quarta-feira em Valência, Espanha, durante protestos pró-palestinos durante o jogo de basquete entre o Valencia Basket e o clube israelense Hapoel Tel Aviv, informou uma fonte policial à AFP. Seguindo as recomendações das autoridades, o clube valenciano anunciou nesta terça-feira que sua partida da Euroliga seria disputada a portas fechadas para a “segurança de torcedores e funcionários”.
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Na Espanha, a causa palestina conta com amplo apoio popular, e as ações de solidariedade se multiplicaram nas últimas semanas no mundo esportivo. A corrida de ciclismo Volta da Espanha, por exemplo, cancelou sua etapa final em meados de setembro devido a protestos de milhares de pessoas contra a presença da equipe Israel-Premier Tech.
Em Valência, centenas de manifestantes se reuniram nesta quarta-feira agitando bandeiras e faixas palestinas com os dizeres “Boicote a Israel” e “Mais de 20 mil crianças assassinadas”. A tensão entre as forças de segurança e os manifestantes, alguns dos quais encapuzados, levou à prisão de cinco pessoas, disse uma fonte policial à AFP.
“Jogar não deveria ser cogitado; essas equipes não deveriam ter permissão para jogar, nem na Volta da Espanha, nem aqui, nem no futebol, nem em lugar nenhum, como fizeram com a Rússia e como já fizeram antes”, disse Aglaia Montoya, tradutora de 48 anos presente na manifestação.
Além do protesto em Valência, os dois principais sindicatos espanhóis, UGT e CC.OO., convocaram um dia de mobilização nesta quarta-feira em todo o país para exigir “o fim do genocídio que busca exterminar o povo palestino”.
A quarta rodada da Euroliga entre Valência e Hapoël Tel Aviv começou conforme o previsto, às 20h30, horário local, sem a presença de torcedores.
