Ao longo dos capítulos finais de “Vale tudo”, remake escrito por Manuela Dias, Tia Celina (Malu Galli) surgiu como uma das principais suspeitas do assassinato de Odete Roitman (Debora Bloch). Já na primeira versão de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, a personagem, então interpretada por Nathalia Timberg, parecia bem distante do mistério envolvendo a morte da irmã — vivida por Beatriz Segall —, e não viu a culpada ser responsabilizada pelo crime.
- Presa ou final feliz? Saiba como é o final de Maria de Fátima na primeira versão de ‘Vale tudo’
- Diretor-geral de ‘Vale tudo’ em 1988: Dennis Carvalho relembra mudança de última hora em morte de Odete Roitman
Na reta final da novela, cujo último capítulo foi exibido em 6 de janeiro de 1989, a irmã de Odete acompanha de perto o desenrolar da trama de Ivan (Antonio Fagundes), que foi condenado no caso de suborno e corrupção na TCA — emboscada que foi arquitetada por Odete. Em um dos momentos, ela comenta que se Maria de Fátima (Gloria Pires) realmente se arrependesse das suas tramoias, ela voltaria “a acreditar na humanidade”.
E foi a própria Tia Celina quem, por fim, narrou o desfecho emblemático de Maria de Fátima e César Ribeiro (Carlos Alberto Riccelli). No caso, a vilã se casou com um príncipe italiano, que precisava de uma mulher de fachada para esconder sua verdadeira sexualidade — ele era gay.
Celina descreve o tal príncipe europeu como como um homem que veio “de uma das melhores casas da Lombardia” e que “está iniciando carreira na política”. Segundo ela, a festa da união com Maria de Fátima seria “um casamento grandioso, convidados do mundo inteiro, ampla cobertura na imprensa internacional”. Assim, a vilã consegue atingir o objetivo almejado ao iniciar a trama.
Celina até fala com Eugênio (Sérgio Mamberti) sobre a possibilidade de alertar o tal príncipe sobre as pessoas com quem ele estava se envolvendo. Acabou não avisando. Ela e o mordomo continuam acompanhados um do outro na mansão, no Rio de Janeiro.
A personagem originalmente interpretada por Beatriz Segall morreu no fim da novela, o que gerou uma comoção nacional para descobrir quem foi responsável pelo crime. Apenas no último capítulo, foi revelado que Leila (Cássia Kis) matou Odete a tiros, mas sem ter a real intenção. Ela achava que estava atirando em Fátima (Gloria Pires), que estava tendo um caso com seu marido, Marco Aurélio (Reginaldo Faria).