Morando em Londres, a influenciadora brasileira Suellen Carey, de 37 anos, contou que tentou incluir legalmente o sobrenome “Carey” em seus documentos como forma de homenagear a cantora Mariah Carey, sua maior inspiração desde a adolescência. No entanto, enfrentou resistência durante o processo.
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“Uso o nome Suellen Carey há anos nas redes sociais e pensei: por que não torná-lo oficial? Mas, durante a solicitação, disseram que nomes ligados a figuras públicas podem causar confusão. Eu só queria ser oficialmente uma Carey”, explica.
Para Suellen, o sobrenome representa mais do que uma homenagem, faz parte da construção de sua identidade. “Acho que toda mulher que cresceu ouvindo Mariah se sente um pouco Carey também”, afirma.
No Reino Unido, a mudança de nome é permitida por meio de um documento chamado Deed Poll, reconhecido por órgãos governamentais e instituições privadas. A legislação britânica não proíbe o uso de nomes inspirados em celebridades, desde que não haja intenção de fraude. Ainda assim, Suellen relata que há barreiras informais quando o nome escolhido está associado a personalidades famosas.
Além da burocracia, ela conta que lida com desafios sociais desde que se mudou para o país. “Aqui, o respeito que eu tinha antes foi substituído por julgamentos. Algumas leis e debates recentes sobre gênero acabaram deixando as pessoas mais desconfiadas. O medo voltou a fazer parte da minha rotina”, desabafa.
A legislação britânica também permite que pessoas trans mudem de nome sem exigências adicionais. O procedimento é simples, mas, segundo Suellen, o obstáculo está fora dos escritórios públicos. “A burocracia é fácil. O difícil é lidar com o preconceito. Ainda há muita resistência quando uma mulher trans tenta afirmar quem é”, observa.
Mesmo sem o reconhecimento legal, o sobrenome “Carey” permanece como parte de sua identidade artística. Por causa da semelhança com a cantora americana, Suellen passou a participar de eventos e apresentações, muitas vezes convidada para encarnar a persona de Mariah Carey em performances de lip-sync e ações promocionais. A atividade, que começou de forma despretensiosa, acabou se tornando uma fonte de renda.
“Hoje passo meus dias entre apresentações e aparições, mas no começo eu tinha medo de que as pessoas me vissem como uma ‘diva’ no sentido negativo”, detalha.
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Seu nome artístico surgiu de maneira espontânea e acabou consolidando sua imagem pública. Vídeos de lip-sync no metrô de Londres e participações em ações voltadas à visibilidade LGBTQIA+ ajudaram a tornar “Suellen Carey” uma persona reconhecida nas redes sociais. Mesmo sem a mudança oficial, ela segue firme em sua escolha: “Sou a versão brasileira e trans da Carey, e isso já é suficiente”, declara.

