Após 50 minutos sacolejando na estrada de terra Trancoso–Caraíva, sem sinal de internet, chega-se a um portão azul com uma discreta placa: Espelho da Maravilha. Propriedade de uma família de São Paulo desde os anos 1970, quando ali só se chegava de barco ou por trilha, a fazenda de coqueiros é uma das estrelas da coleção de casas cinematográficas do grupo Refúgios Eco, que também tem como missão promover o equilíbrio ambiental e a conscientização social.
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Só no Espelho, são cinco casas que podem ser alugadas por temporada — juntas ou separadas — com capacidade para até 22 pessoas. A primeira a ser construída foi a Casa da Praia, a poucos passos da areia, onde se dorme com o barulho do mar. Por todos os cantos, imagens de Iemanjá e cestos repletos de cocos fresquinhos para cada hóspede abrir com as próprias mãos e tomar à vontade.
Há, no total, 8 mil coqueiros, que produzem cerca de 20 mil frutos por mês. “São destinados exclusivamente para abastecer comunidades regionais: Curuípe, Satu e Trancoso”, explica Helena Massi, que divide com os irmãos Bruno e Marina as funções na administração da coleção de refúgios da família.
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O clima despretensioso, com conforto e paisagens de tirar o fôlego, estende-se pelos refúgios em Trancoso e na Chapada Diamantina, também na Bahia, Visconde de Mauá, no Rio, e Ubatuba, em São Paulo. “Nossa missão transcende o mero comércio; é um chamado para preservar e promover o entorno. Acreditamos que o desenvolvimento sustentável é a única via para o futuro”, diz Bruno. “Temos compromisso inabalável com a autenticidade.”
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A casa de Ubatuba fica na Praia Grande do Bonete, tão isolada quanto paradisíaca. Até hoje, a propriedade só pode ser acessada de barco. São duas suítes que comportam até cinco pessoas — mesma capacidade da Fazenda Bonfim, perfeita para quem busca a parte menos turística da Chapada. Já o refúgio de Mauá pode receber até seis pessoas na construção que foi sede de uma antiga fazenda produtora de leite e queijos, no Rio. A sauna, aberta ao verde, é um espetáculo à parte.
Para o consultor de turismo Charles Piriou, os destinos e seus respectivos tipos de hospedagem traduzem perfeitamente o “novo luxo”. “Os viajantes estão cada vez mais em busca de conexão com a natureza, em lugares que garantam tranquilidade, intimidade e privacidade”, enumera.
Os preços vão de R$ 1.700, o fim de semana na Chapada, a R$ 12.000, no Espelho.
Mais informações: @refugios.eco

