Milton Nascimento faz 83 anos neste sábado, 26 de outubro, celebrando uma trajetória marcada pela colaboração. Ao longo de mais de seis décadas de carreira, o cantor e compositor mineiro construiu uma rede de parceiros que ajudaram a moldar a música popular brasileira e a projetá-la internacionalmente. Foram incontáveis encontros com artistas de diferentes gerações e estilos, fato que mostra certa versatilidade de Milton.
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Dos amigos quase irmãos do Clube da Esquina, como Lô Borges e Beto Guedes, até nomes gringos, como Wayne Shorter e Esperanza Spalding, passando por colaborações mais recentes, listamos alguns dos parceiros que Milton Nascimento teve ao longo de sua carreira.
Parceiro desde os tempos do Clube da Esquina, Wagner Tiso é um dos músicos mais constantes na trajetória de Milton. Pianista e arranjador, Tiso participou da criação de álbuns fundamentais, como “Milagre dos Peixes” e “Clube da Esquina 2”, e acompanhou o cantor em diversas turnês. A parceria entre os dois é marcada por uma sintonia musical rara, com Tiso sendo responsável por orquestrações que se tornaram parte da identidade sonora de Milton.
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Outro nome central do Clube da Esquina, Beto Guedes dividiu composições e gravações com Milton desde os anos 1970. Juntos, criaram faixas como “Feito nós” e “Cais”, que se tornaram referências do movimento. Beto Guedes participou de álbuns de Milton Nascimento como “Minas”, onde cantou e tocou instrumentos na música “Fé cega, faca amolada”.
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Com Lô Borges, Milton formou uma das duplas mais simbólicas da música brasileira. O álbum “Clube da Esquina” (1972), assinado pelos dois, é um marco da MPB. A parceria reuniu juventude e maturidade em composições como “Tudo o que você podia ser” e “Cravo e canela”, traduzindo o espírito coletivo de uma geração
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No campo internacional, Milton colaborou com o saxofonista norte-americano Wayne Shorter, ícone do jazz. A parceria resultou no álbum “Native dancer” (1975), uma fusão entre MPB e jazz contemporâneo que ampliou o alcance global da obra de Milton. O disco é considerado um dos momentos mais importantes do diálogo entre a música brasileira e o jazz americano.
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Décadas depois, Milton reencontrou o jazz em novas formas ao se aproximar da baixista e cantora americana Esperanza Spalding. Juntos, eles gravaram o disco “Milton + Esperanza”, de 2024, e também participaram do Tiny Desk numa edição especial gravada na casa do compositor.
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Entre os artistas mais jovens que colaboraram com Milton está Samuel Rosa. A parceria rendeu canções como “Três Lados” e participações em gravações e apresentações conjuntas. Samuel já falou sobre sua devoção a Milton Nascimento em diversas entrevistas.

