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EUA enviam aeronaves de ataque para El Salvador em meio a reforço da presença militar no Caribe e tensões com a Venezuela

BRCOM by BRCOM
novembro 7, 2025
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A infraestrutura militar americana no Caribe — Foto: Arte O GLOBO

Pelo menos três aeronaves militares americanas, incluindo um avião de ataque fortemente equipado, começaram a realizar missões a partir do principal aeroporto internacional de El Salvador, em meio à expansão da presença militar dos EUA no Caribe, onde recentemente reativaram uma importante base aérea e adaptaram infraestruturas civis para uso militar. A atividade a partir do país da América Central, governado por um dos principais aliados de Donald Trump na região, representam uma escalada ainda maior no esforço mobilizado pelo que Washington caracteriza como combate ao narcotráfico — mas que paralelamente preocupa países latino-americanos.

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Uma análise a partir de imagens de satélite, comunicações de controle de tráfego aéreo e dados de rastreamento de voos realizada pelo New York Times indicou a presença do avião de ataque AC-130J Ghostrider, projetado para destruir alvos em terra ou no mar, em San Salvador. A aeronave de combate, operada pelo Comando de Operações Especiais da Força Aérea — uma unidade que realiza missões consideradas sensíveis — pousou na capital salvadorenha, bem como um avião P-8A da Marinha, usado para coletar inteligência e lançar torpedos e mísseis antinavio, e um C-40 Clipper da Força Aérea, usado para transporte.

O destacamento das aeronaves em meio à campanha lançada pela Casa Branca e pelo Pentágono contra embarcações supostamente ligadas ao narcotráfico marca provavelmente a primeira vez que um país estrangeiro hospeda aviões americanos potencialmente envolvidos em ataques militares na região. Washington confirma 18 ataques contra barcos no Caribe e no Pacífico, supostamente usados por organizações criminosas equiparadas por Trump a organizações terroristas no começo de seu mandato. Ao menos 70 pessoas morreram nos bombardeios.

Analistas apontam que a presença militar em El Salvador reflete ainda mais os laços estreitos entre o presidente americano e Nayib Bukele, líder salvadorenho que apoiou a política de combate à imigração de Trump, oferecendo seu Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot) — a maior prisão da América Latina, usada para deter o que o governo aponta como integrantes de gangues criminosas — para manter deportados dos EUA.

— Nesse aspecto, eles parecem estar muito bem alinhados — disse John Walsh, diretor de política de drogas e Andes no Washington Office on Latin America (WOLA), uma organização de direitos humanos.

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  • Atividades em El Salvador
  • Expansão de presença e planos militares
      • EUA enviam aeronaves de ataque para El Salvador em meio a reforço da presença militar no Caribe e tensões com a Venezuela

Atividades em El Salvador

Nem o gabinete de Bukele nem a embaixada de El Salvador nos Estados Unidos responderam a pedidos de comentário sobre o envio das aeronaves. Fontes militares americanos ouvidas pelo New York Times, sob condição de anonimato, confirmaram que a presença das aeronaves está relacionada ao aumento das missões de combate ao narcotráfico na região.

Os aviões americanos transitaram por um pequeno posto militar americano no principal aeroporto do país, criado em 2000 com o objetivo inicial de servir de apoio para missões antidrogas. Aeronaves da Marinha permaneceram no local até 2022, quando o local passou a ter uso ocasional, sendo destino de aviões do Departamento de Segurança Interna (DHS), principalmente.

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Não está claro se as aeronaves estão participando de ataques aéreos, mas seu envio para o posto em El Salvador coincidiu com um aumento nos ataques contra alvos no Oceano Pacífico oriental, que faz fronteira com o país centro-americano.

— A base é muito, muito importante para o soft power — disse o almirante James Stavridis, ex-chefe do Comando Sul, apontando que o posto foi usado no passado para operações de ajuda humanitária e de combate ao narcotráfico. — Mas está claramente sendo usada para o hard power hoje.

Mensagens de rádio públicas entre aeronaves militares e controladores de tráfego aéreo demonstram que o avião de reconhecimento P-8A realizou ao menos seis missões a partir de El Salvador. O avião de ataque e o jato da Força Aérea realizaram ao menos uma missão cada, segundo as comunicações de rádio.

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Expansão de presença e planos militares

Em meio ao que Trump definiu como uma guerra contra grupos “narcoterroristas”, Washington tomou iniciativas para reforçar a presença militar no Caribe. Os americanos reativaram a base de Roosevelt Roads em Porto Rico, que estava sem uso militar desde 2004, enviando para o local caças furtivos F-35B, aeronaves de transporte de tropas Osprey e aviões de carga C-17 Globemaster III.

Imagens de satélite também indicam a construção de instalações em aeroportos civis em Porto Rico e em St. Croix, nas Ilhas Virgens. Enquanto isso, forças americanas continuam a se apoiar logisticamente em pequenas nações, como Granada e Trinidad e Tobago, onde aportou recentemente o contratorpedeiro USS Gravely.

A infraestrutura militar americana no Caribe — Foto: Arte O GLOBO

Cerca de 10 mil soldados americanos estão mobilizados na região, além de drones, bombardeiros e quase uma dúzia de navios de guerra da Marinha, que em breve receberão o reforço do porta-aviões Gerald R. Ford.

Embora a campanha de afundamento de embarcações esteja em curso, a escalada militar provocou temores de que o plano americano seja mais abrangente. O governo da Venezuela acusa Trump de cercar o país, acusando a mobilização de ser uma forma encoberta de alcançar uma mudança de regime em Caracas. O governo de Nicolás Maduro intensificou a repressão interna em meio à tensão, incentivando o uso de aplicativos para a denúncia de pessoas por “atividades suspeitas”, prendendo suspeitos de dissidência e envio de grupos paramilitares aliados ao regime, conhecidos como colectivos, para bairros pobres, a fim de vigiar moradores e conter qualquer sinal de oposição.

EUA enviam aeronaves de ataque para El Salvador em meio a reforço da presença militar no Caribe e tensões com a Venezuela

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