BRcom - Agregador de Notícias
No Result
View All Result
No Result
View All Result
BRcom - Agregador de Notícias
No Result
View All Result

veja as orientações da especialista após o relato de Manu Bahtidão

BRCOM by BRCOM
novembro 19, 2025
in News
0
Manu Bahtidão é mãe de Théo, de 9 anos, fruto do casamento com Anderson Halliday — Foto: Reprodução Instagram

A cantora Manu Bahtidão emocionou o público ao compartilhar nas redes sociais o diagnóstico de autismo do filho, Théo, de 9 anos. Em um relato longo e sensível, ela descreveu o processo até a confirmação da condição e falou sobre os medos, dúvidas e alívio que vieram junto com essa descoberta. “Isso não é um rótulo, é um guia. É ele que permite que nosso filho tenha apoio, terapias certas e um ambiente acolhedor. Se você é mãe e está me ouvindo: buscar respostas não muda seu filho. Só ilumina o caminho. E pela primeira vez, eu sinto que a gente sabe para onde ir”, afirmou.

  • Confira: Investigação de Bruna Marquezine para TDAH e autismo traz à tona debate sobre diagnóstico tardio em mulheres
  • Empreendedorismo feminino: influenciadoras brasileiras que transformaram audiência em marcas milionárias de beleza

Manu contou que a hesitação inicial foi fruto da falta de informação e do receio de como o diagnóstico poderia impactar a vida da família. “Eu tinha muito medo de procurar esse tipo de diagnóstico, por falta de conhecimento, mesmo, e o medo de como tudo isso iria afetar a minha vida e a dele. Chorei e fiquei pensativa, mas, ao mesmo tempo, me trouxe uma tranquilidade por hoje eu saber, de repente, o caminho a seguir com o Théo e com o tratamento [dele]”, relatou.

Para ela, compreender o TEA foi um gesto de cuidado: “Esse diagnóstico é uma prova de amor, principalmente para as famílias, porque, com isso, a gente aprende a lidar e entende as frustrações, por exemplo, do meu filho, que na escola tem dia que não vai bem. O diagnóstico veio para libertar a gente. Com isso, a gente descobriu um novo mundo, um apoio e uma rede gigantesca de pais e mães atípicos.”

O desabafo abriu espaço para uma conversa necessária sobre os desafios enfrentados por famílias que convivem com o autismo, especialmente em relação às crises comportamentais, ainda cercadas de mitos e interpretações equivocadas. Ampliando esse debate, a fonoaudióloga Letícia Sena, especialista em linguagem e comportamento, destaca que compreender o que acontece durante as crises é fundamental para acolher crianças como Théo.

Segundo ela, muitas crises são confundidas com desobediência, quando, na verdade, fazem parte de um processo neurológico. “A pessoa autista entra em crise quando está sobrecarregada. Pode ser um som alto, uma mudança na rotina, uma sensação corporal incômoda ou uma frustração que não conseguiu expressar. A crise é o corpo dizendo: ‘isso está demais para mim'”, afirma.

A especialista reforça que broncas e punições apenas intensificam o sofrimento. “Durante uma crise, o cérebro da pessoa autista está em modo de defesa. O foco deve ser proteger, não corrigir”, explica. Segundo ela, esse entendimento transforma a postura da família: “Quando paramos de ver a crise como algo proposital e começamos a vê-la como um pedido de ajuda, tudo se transforma.”

Manu Bahtidão é mãe de Théo, de 9 anos, fruto do casamento com Anderson Halliday — Foto: Reprodução Instagram

Para orientar pais que vivem desafios semelhantes ao de Manu, Letícia lista estratégias que ajudam a reduzir a frequência e a intensidade das crises.

A primeira é identificar gatilhos. “Anotar o que aconteceu antes de cada crise ajuda muito. Com o tempo, é possível identificar padrões e antecipar situações de risco”, orienta. Um diário com horários, ambientes e estímulos facilita esse acompanhamento.

A segunda é investir em rotina e previsibilidade, fundamentais para a segurança emocional da criança. “Usar quadros visuais, cronogramas e combinações simples reduz a ansiedade e o medo do inesperado”, detalha.

A comunicação também é determinante. Muitas crises surgem porque a criança não consegue expressar o que sente. “Mesmo quem não fala pode se comunicar. Quando a criança tem um jeito funcional de dizer ‘não gosto’, ‘estou cansado’ ou ‘quero parar’, o corpo não precisa gritar por ela”, destaca, ao defender o uso de figuras, gestos e aplicativos.

O ambiente é outro aspecto importante. Luzes fortes, ruídos e cheiros podem provocar crises. “Um ambiente mais calmo, com iluminação suave e sons controlados, pode prevenir boa parte das crises. É uma forma de respeito sensorial”, diz.

Além dessas adaptações, Letícia ressalta a importância de ensinar estratégias de autorregulação, como respiração, movimentos rítmicos e compressão profunda. “Essas técnicas devem ser treinadas quando a criança está tranquila, para que ela consiga usar antes da crise”, esclarece.

Por fim, a fonoaudióloga faz um alerta essencial: a saúde emocional dos responsáveis influencia diretamente as crises. “O autocuidado do cuidador é parte do tratamento. Quando o adulto está regulado, ele consegue acolher sem reagir. Isso muda completamente o desfecho da crise”, conclui.

veja as orientações da especialista após o relato de Manu Bahtidão

Previous Post

LeBron descarta disputar Jogos Olímpicos de Los Angeles-2028; Curry acha improvável

Next Post

‘Não vejo problema, é assim que me sinto à vontade’

Next Post
Influenciadora Karol Rosalin afirmou ter sido multada por usar biquíni em casa — Foto: @karolrosalin | CO Assessoria

'Não vejo problema, é assim que me sinto à vontade'

  • #55 (sem título)
  • New Links
  • newlinks

© 2025 JNews - Premium WordPress news & magazine theme by Jegtheme.

No Result
View All Result
  • #55 (sem título)
  • New Links
  • newlinks

© 2025 JNews - Premium WordPress news & magazine theme by Jegtheme.