Na manhã desta quarta-feira (19) equipes da Comlurb atuaram em Laranjeiras, para remover as pichações feitas após um fim de semana de intensa movimentação cultural na Praça do Choro e nos arredores. Os agentes limparam inscrições que haviam sido feitas tanto no monumento de concreto da praça quanto no poste localizado em frente ao restaurante Esperança Eco em protesto contra o barulho provocado pela aglomeração de pessoas.
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As pichações surgiram após os eventos realizados entre sexta (14) e domingo (16), período marcado por encontros culturais e, especialmente, pela inauguração da Janela Livraria, na Rua General Glicério, no sábado (15). A comemoração atraiu moradores e frequentadores, mas também gerou incômodo em parte da vizinhança. Dois moradores, então, se manifestaram pichando frases de protesto em áreas públicas, como mostram vídeos publicados nas redes sociais.
Na Praça do Choro, a frase “comércio não respeita morador” amanheceu escrita no monumento da prefeitura. Já no poste diante do restaurante Esperança Eco, que recebeu uma roda de samba durante o encerramento dos festejos, aparecia a inscrição: “Eco não respeita morador”.
A empresária e chef Verônica Moreira, proprietária do Esperança Eco, informou que pretende registrar um boletim de ocorrência pelo dano ao patrimônio público. Ela afirma que o restaurante já tinha encerrado o serviço às 21h e que, por volta das 22h, todas as atividades estavam encerradas. As câmeras de segurança mostraram que as pichações foram feitas durante a madrugada.
– O samba do Esperança Eco acontece só às sextas-feiras, das 18h às 21h, sempre respeitando o horário e voltado para os moradores. O evento de sábado foi excepcional, feito em parceria com a Livraria Janela, e ninguém esperava aquele volume de pessoas que movimentou toda a rua. As pichações foram muito desagradáveis, e as câmeras de segurança registraram quem acessou a entrada do restaurante para fazer isso. Eu também sou moradora e me senti agredida. Quando houve reclamação no passado, parei a música na hora. Só retomamos depois do apoio dos moradores, com quase três mil assinaturas, e com tudo regularizado pela prefeitura. E é importante dizer: o restaurante não lucra com o samba. A gente faz isso pela comunidade, não pelo Esperança – afirma Verônica.

