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Trump sanciona projeto de lei para a divulgação de documentos do caso Epstein

BRCOM by BRCOM
novembro 19, 2025
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Donald Trump esteve em festas com Jeffrey Epstein — Foto: Reprodução de cena/Netflix

Poucos dias após ter mudado de posição sobre o assunto, o presidente americano, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira um projeto de lei, aprovado na véspera pelo Congresso, que exige a divulgação dos arquivos do processo contra o bilionário Jeffrey Epstein, que cometeu suicídio na cadeia em 2019, quando era acusado de abuso sexual de menores e de chefiar uma rede de tráfico de pessoas. A assinatura, porém, não garante que os documentos sejam publicados, pois o o projeto de lei contém isenções semelhantes às razões citadas anteriormente pela secretária de Justiça Pam Bondi para reter documentos, e a investigação que o presidente exigiu sobre os laços dos democratas com Epstein pode dar ao Departamento de Justiça mais um motivo para mantê-los confidenciais.

  • Em reviravolta: Trump diz apoiar votação da Câmara para liberar arquivos de Epstein
  • Caso Epstein: Após divulgação de e-mails, Trump critica democratas e pede investigação federal contra Clinton

Numa longa publicação no Truth Social, Trump focou-se nos democratas que tinham ligações a Epstein e afirmou que o alvoroço em torno dos documentos era apenas uma distração para prejudicar a sua administração. “Os democratas têm usado a questão Epstein, que os afeta muito mais do que o Partido Republicano, para tentar desviar a atenção de nossas INCRÍVEIS VITÓRIAS”, escreveu ele.

A legislação, entretanto, contém diversas exceções. Segundo o projeto de lei, o governo Trump pode reter registros que sejam confidenciais, identifiquem vítimas ou incluam imagens de abuso sexual infantil. A legislação também permite que registros sejam retidos caso possam prejudicar uma investigação federal em andamento.

O Departamento de Justiça já afirmou que os arquivos que reteve continham imagens de vítimas, vídeos baixados da internet de abuso sexual infantil ilegal ou materiais que haviam sido mantidos em sigilo por ordem judicial.

Além disso, Trump exigiu que o Departamento de Justiça iniciasse uma investigação sobre os democratas mencionados em alguns dos e-mails entregues pela família de Epstein. Bondi prontamente afirmou que já havia iniciado a investigação. Isso poderia dar ao governo mais um motivo para reter documentos.

A investigação sobre Epstein, um financista que frequentou círculos de elite na Flórida e em Nova York por décadas, deixou para trás uma trilha de escândalos ligados a uma rede de menores de idade que foram abusadas sexualmente por ele e alguns de seus convidados, em muitos casos personalidades. O sigilo sobre os arquivos, que citam nominalmente as vítimas, foi apontado por muitos republicanos e democratas como uma forma de não esclarecer quem seriam os colaboradores ou clientes de Epstein — apenas Ghislaine Maxwell, apontada como aliciadora do esquema, cumpre pena atualmente.

A pressão para a liberação dos documentos foi retomada na semana passada, quando deputados do Partido Democrata liberaram alguns e-mails em que Epstein citava diretamente Trump. Em um deles, o magnata afirmou que o republicano “sabia das meninas” e que passou horas com uma delas em uma de suas propriedades. Deputados republicanos então divulgaram 20 mil páginas de documentos, nos quais novos diálogos do bilionário foram expostos, incluindo mensagens com Larry Summers, ex-assessor econômico de Barack Obama e que presidiu a Universidade de Harvard, e mensagens que revelaram que o ex-presidente democrata Bill Clinton frequentou o círculo do financista nas décadas de 1990 e 2000.

Em meio à repercussão provocada pela divulgação dos novos e-mails, as vítimas de Epstein enviaram uma carta a congressistas americanos na sexta-feira, pedindo a liberação e argumentando que não se tratava de um tema partidário. Enquanto isso, Trump denunciava os pedidos de divulgação como uma farsa criada pelos democratas — e exercia pressão nos bastidores para a não aprovação.

O presidente enviou assessores para avisar os republicanos de que apoiar a iniciativa seria visto como um “ato hostil”. Ligou pessoalmente para aqueles que ousaram fazê-lo e até enviou Bondi e o diretor do FBI, Kash Patel, para se encontrarem com uma parlamentar na Sala de Situação da Casa Branca, em uma tentativa de mudar a posição dela.

Embora tenha prometido durante a campanha presidencial que iria revelar tudo sobre a investigação que ainda não estava em conhecimento público, chegando a insinuar o envolvimento de adversários, Trump criou expectativas maiores do que aquilo entregue pelas divulgações que autorizou — o que serviu de combustível para teorias de cunho conspiratório — muitas delas populares entre integrantes do seu movimentos, o “Faça a América Grande de Novo” (MAGA, na sigla em inglês).

Após a divulgação de documentos no começo do ano, sem grandes revelações, o Departamento de Justiça sob Trump divulgou um memorando não assinado em julho, informando que sua revisão dos arquivos “não revelou nenhuma ‘lista de clientes’ incriminatória”, e que não encontrou “evidências críveis” de que Epstein tenha chantageado indivíduos proeminentes como parte de suas ações”. A revelação causou mal estar com a base aliada.

Donald Trump esteve em festas com Jeffrey Epstein — Foto: Reprodução de cena/Netflix

Entre o fim da semana passada e o fim de semana, a mudança de posição do presidente em apoiar a medida ocorreu após conversas particulares com republicanos, que o alertaram de que teriam de votar pela divulgação por causa da pressão de seus eleitores. Nessas conversas, segundo uma pessoa informada sobre elas ouvida em anonimato pelo New York Times, Trump reconheceu que a votação era inevitável, e que, se precisassem apoiar a medida, deveriam fazê-lo.

Ele ouviu também republicanos dizendo que sua oposição fazia parecer que ele tinha algo a esconder. O reposicionamento, então, veio via redes sociais.

“Os republicanos da Câmara deveriam votar pela divulgação dos arquivos de Epstein, porque não temos nada a esconder”, escreveu Trump na Truth Social, abrindo caminho para a aprovação da medida. “O Comitê de Supervisão da Câmara pode ter tudo o que lhe é legalmente permitido, NÃO ME IMPORTO!”.

Especificamente, o Departamento deve divulgar publicamente “todos os registros, documentos, comunicações e materiais de investigação não classificados”, incluindo “registros relacionados à detenção e morte de Epstein; registros de voo de aeronaves de propriedade ou usadas por Epstein; indivíduos mencionados em conexão com as atividades criminosas de Epstein, acordos civis, imunidade ou acordos de delação premiada; acordos de imunidade, acordos sigilosos ou acordos de delação premiada de Epstein ou seus associados; entidades com ligações com as redes de tráfico ou financeiras de Epstein; e comunicações internas do Departamento de Justiça referentes a decisões de investigar ou acusar Epstein ou seus associados”.

A legislação também exige que o Departamento de Justiça, em até 15 dias após a entrega dos documentos, forneça ao Congresso uma lista de todas as categorias de registros divulgados e retidos, todas as redações feitas e seus fundamentos legais, e “todos os funcionários do governo e pessoas politicamente expostas mencionados ou citados nos materiais divulgados”.

Com AFP, Bloomberg e NYT.

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