Em janeiro deste ano, houve 2.088 registros de roubo de celular no estado, um aumento de 39% em relação ao mesmo mês de 2024, segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP). Os furtos de aparelhos chegaram ao topo da série histórica, iniciada em 2003: foram 3.620 ocorrências no primeiro mês de 2025, crescimento de 15% em relação a janeiro do ano passado. Somando-se roubos e furtos, houve 5.708 casos, o equivalente a um registro a cada oito minutos, em média.
Veja as áreas com mais roubos e furtos (somados) em janeiro deste ano, de acordo com o ISP:
- 5ª DP (Mem de Sá) – 395 registros
- 9ª DP (Catete) – 308 registros
- 12ª DP (Copacabana) – 278 registros
- 1ª DP (Praça Mauá) – 180 registros
- 10ª DP (Botafogo) – 172 registros
- 4ª DP (Presidente Vargas) – 152 registros
- 14ª DP (Leblon) – 147 registros
- 16ª DP (Barra da Tijuca) – 144 registros
- 126ª DP (Cabo Frio) – 138 registros
- 33ª DP (Realengo) – 121 registros
Em todo o ano passado, houve 21.423 roubos e 37.397 furtos de celular registrados nas delegacias do Estado do Rio. Analisando-se a soma de roubos e furtos de aparelhos do ano passado, a área com mais ocorrências foi a da 5ª DP (Mem de Sá), no Centro do Rio, com 3.480 registros, seguida pelo setor da 18ª DP (Praça da Bandeira), com 2.993 roubos e furtos, e o da 16ª DP (Barra da Tijuca), com 2.749 casos ao longo de 2024.
Uma operação policial realizada no fim de dezembro no Morro do Fallet-Fogueteiro, em Santa Teresa, região central do Rio, revelou mais uma faceta do crime organizado na cidade. Durante a abordagem, agentes da 24ª DP (Piedade) não só apreenderam cinco toneladas de maconha, como descobriram uma central clandestina de desbloqueio de celulares. No endereço foram encontrados 200 aparelhos roubados e furtados. Nesta semana, a polícia começou a devolver os aparelhos aos proprietários.
A central funcionava em um cômodo escondido atrás de um bar, um local discreto utilizado para esconder a atividade criminosa. A polícia foi inicialmente até o endereço para apreender drogas, no entanto, acabou esbarrando na central de desbloqueio, que era utilizada para modificar os IMEIs (número único de cada aparelho) e revender os celulares roubados.
O responsável pelo espaço, Patrick Fontes Souza da Silva, de 31 anos, tem um extenso histórico criminal, com passagens por receptação (3 ocorrências), estelionato (2), apropriação indébita, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Ele foi preso em flagrante, e a operação resultou também na apreensão dos aparelhos, entre os quais 40 iPhones, de alto valor no mercado de revenda.
Os aparelhos encontrados foram levados para análise na 24ª DP, onde agentes iniciaram um trabalho minucioso de identificação por meio do IMEI. Entre segunda-feira e o fim da manhã desta terça, cerca de 70 telefones já foram devolvidos aos donos. apenas no primeiro dia, aproximadamente 60 pessoas procuraram a delegacia para buscar os equipamentos. A expectativa da polícia é de que mais vítimas compareçam à unidade ao longo desta semana, à medida que o trabalho de identificação avança.
