A peça base do uniforme de arquibancada ganhou um lugar especial no closet das fashionistas. As camisetas de futebol retrô, especialmente as dos anos 1980 e 1990, são tendência nas ruas, nos festivais e nas passarelas. O motivo? O design nostálgico, os tecidos encorpados e a versatilidade, que permite combinações inusitadas. “O conforto que as roupas devem proporcionar a corpos diversos é hoje prioridade”, diz a consultora de moda Cris Pinheiro Guimarães.
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Nos últimos anos, o boom de brechós especializados e a popularização da estética “blokecore” (tendência que une street style com camisas de futebol) ajudaram a ressignificar a camiseta. “Os clubes passaram a lançar versões mais elaboradas, o que ampliou o interesse do público que antes não consumia moda esportiva”, diz Mari Di Pilla, estrategista de moda. Ressignificar é o pilar do trabalho do designer paraense João Victor, o João Boto, que lançou a marca Pink Boto. No ano passado, a etiqueta viralizou com uma coleção de camisas esportivas com a estética da Amazônia. Ele agora vai lançar uma linha infantil. “Faço adaptações na gola, uma modelagem retrô de futebol dos anos 1980, e coloco grafismos tapajônicos e indígenas”, explica.
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Outra adepta é a designer paulista Renata Brenha, radicada em Londres desde 2010. Ela transforma as camisetas em peças únicas na sua marca homônima. “Intervenções criativas, customizações e sobreposições são sempre bem-vindas”, diz Renata, que exercita o upcycling, reaproveitando modelos que já existem. “Espero que a tendência contribua para dar um novo simbolismo às camisetas que estão em circulação, em vez de gerar excesso e desperdício”, afirma.
Quer aderir? Capriche na produção. “Se gostar de uma pegada sexy, por exemplo, combine com couro e salto. O importante é trazer a camiseta para dentro do guarda-roupa e misturá-la com o que já faz parte do seu dia a dia. Dessa maneira, cria-se um look autoral”, resume Cris Pinheiro Guimarães.
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