Uma mulher suspeita de envenenar a família do ex-namorado foi presa pela Polícia Civil do Maranhão nesta quinta-feira. As investigações apontam que ela teria contaminado um ovo da Páscoa entregue de forma anônima por um motoboy às vítimas na noite de quarta-feira.
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Após a família começar a passar mal, o pai da criança, que mora em uma residência ao lado, teria percebido o que estava acontecendo e realizado os primeiros socorros, mas o menino não resistiu. A mãe e a irmã da vítima foram encaminhadas para o atendimento médico de emergência e permanecem internadas na UTI do Hospital Municipal de Imperatriz.
Segundo informações fornecidas pelo g1, o ovo chegou na casa da família na noite desta quarta-feira através de um motoboy, que também teria deixado um bilhete com os dizeres “Com Amor, para Miriam Lira” e desejando “Feliz Páscoa”.
O uso de alimentos envenenados para atacar pessoas próximas tem sido frequente no passado recente do Brasil. Os dez casos a seguir integram as 629 notificações de intoxicação exógena ligadas a violência ou homicídio recebidas pelo Ministério da Saúde em 2024.
No dia 23 de dezembro, seis parentes comeram um bolo com arsênio em Torres (RS). Morreram Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos, Maida Berenice Flores da Silva, de 59 anos, e Tatiana Denize Silva dos Anjos, 47 anos. Zeli dos Anjos, de 60 anos, que fez o bolo, foi internada. A Polícia Civil prendeu a nora de Zeli, Deise Moura dos Anjos, que também se tornou suspeita de envenenar Paulo Luiz dos Anjos, marido de Zeli, em setembro: uma autópsia achou arsênio no corpo. O motivo dos crimes seria o ódio de Deise a Zeli. A suspeita foi encontrada morta em uma cela do Presídio Feminino de Torres em fevereiro.
Ódio frio à enteada causou quatro mortes
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Francisco de Assis Pereira da Costa foi preso pelo envenenamento de nove pessoas em Parnaíba, no litoral do Piauí, no dia 1º. Morreram os dois enteados de Francisco, Manoel Leandro da Silvea, de 18 anos, e Francisca Maria, de 32, e os dois filhos de Francisca: Igno, de 1 ano e 8 meses, e Maria Lauane, de 3 anos.
Francisco da Costa teria misturado arroz com o pesticida terbufós em um baião de dois servido à família. Francisco impressionou os policiais pela frieza e admitiu odiar Francisca, a quem chamava de “inútil”, assim com os filhos da enteada.
Ele se tornou réu em março, juntamente com a esposa, Maria dos Aflitos. A mulher confessou ter envenenado o café da vizinha Maria Jocilene da Silva em uma tentativa de incriminá-la pelo crime do qual o marido era investigado. Maria dos Aflitos queria fazer a morte parecer um suicídio.
Pai suspeito de matar a filha em tentativa de assassinato da mãe
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Três mulheres de uma mesma família foram envenenadas ao consumirem um açaí com veneno de rato em Belém no dia 10 de novembro. A adolescente Verônica Sabrine dos Santos, de 16 anos, morreu. A mãe de Sabrine, Eurineuda dos Dantos Mendes, de 45 anos, e a avó, Maria Neide dos Santos Mendes, foram internadas em estado grave. Eurineida estava se separando do pai de Verônica, que é investigado pelo crime. A adolescente morava com o pai, que havia mandado o açaí para a mãe e a avó a pedido dele.
Crianças mortas por homem que mentia ser o pai de uma delas
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No dia 30 de setembro, Rafael da Rocha Furtado, de 26 aos, ofereceu um açaí a Benjamim Ribeiro Rodrigues, de 7 anos, filho de sua ex-namorada, que havia ido buscar no colégio, em Cavalcante, na Zona Norte do Rio. Benjamin dividiu o presente com o amigo Ytallo Raphael Tobias Rosa, de 6 anos. O açaí continha chumbinho, e as duas crianças morreram. Rafael se entregou à Polícia Civil em novembro. Depois do fim do relacionamento com a mãe, Rafael mentia aos vizinhos que estava casado com ela e era pai da criança.
Usou o que aprendeu na medicina para matar a mulher
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O médico André Lorscheitter Baptista, de 50 anos, foi preso em 29 de outubro pela morte da mulher, Patrícia Rosa dos Santos, de 41 anos, com um sorvete envenenado, em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Lorscheitter teria colocado um sedativo no doce e a induzido ao sono. Em seguida, injetou remédios de uso controlado no pé, para esconder a marca de agulha. Lorscheitter disse à família da mulher que Patrícia havia sofrido um infarto. Mas um laudo encomendado pelos parentes apontou traços dos remédios no corpo.
Professora alertou parentes que marido poderia matá-la
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Vestígios de pesticida e raticida foram encontrados no corpo da professora Joice Cirino, de 36 anos, morta no dia 9 de outubro em São Brás, no interior de Alagoas. Segundo a Polícia Civil, o marido Felippe Silva Cirino pôs as substâncias em um coxinha. Os dois estavam se separando e parentes da professora contaram que ela havia confessado ter medo de ser envenenada por Cirino, que disse ser inocente ao ser preso. Os familiares afirmaram que Cirino chegou a oferecer a coxinha também ao filho do casal, que recusou o alimento.
Pesticida matou duas crianças e depois foi usado contra a mãe
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Os irmãos João Miguel e Ulisses Gabriel da Silva, de 8 e 7 anos, morreram após consumirem cajus contaminados com o pesticida terbufós, em Parnaíba, no Piauí. Os dois foram envenenados em agosto, mas Ulisses morreu apenas em novembro. Uma vizinha das crianças , Lucélia Maria da Conceição Silva, de 52 anos, foi presa pelos homicídios. No início deste ano, a família das duas crianças foi vítima de outra tragédia com o uso do pesticida, desta vez em um baião de dois, que causou também a morte da mãe dos irmãos.
Ex-namorado armou cilada com faxina para o feminicídio
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Um milk-shake de morango com chumbinho foi a arma usada por Deivid Santana para matar a ex-namorada Vitória Pereira, em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, em agosto. Deivid foi dissimulado: indicou Vitória para uma faxina e depois convenceu o morador da casa que a contratou a dar a bebida a ela como uma “surpresa”. O assassino foi preso, e já havia ameaçado Vitória com uma faca e a ameaçado em mensagens nas redes sociais, segundo denúncias feitas pela vítima, que chegou a conseguir uma medida protetiva.
Chumbinho para a filha com apenas cinco dias de vida
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Charles Luiz Félix da Costa, de 44 anos, foi preso em 25 julho por matar dois dias antes a filha recém-nascida com chumbinho misturado ao leite de uma mamadeira, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, enquanto a mãe tomava banho. A neném de cinco dias de vida chegou a ser socorrida, mas não resistiu. Em 2023, uma medida protetiva contra Charles foi expedida pela Justiça em um processo por maus-tratos contra um menor. Em 2011, foi acusado de roubar R$ 20 mil das contas de uma defensora pública que havia morrido.
Morfina para pagar dívida com cigana com bens de namorado
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No dia 17 de maio, o empresário Luiz Ormond morreu em seu apartamento, no Engenho Novo, na Zona Norte do Rio, depois de ingerir o equivalente a mais de 50 comprimidos de morfina colocados em um brigadeirão. A polícia concluiu que o doce havia sido feito pela psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta, namorada de Ormond, a mando da cigana Suyany Breschak. A psicóloga queria quitar uma dívida com Suyany com os bens de Ormond, segundo a investigação. As duas foram presas e outras quatro pessoas foram indiciadas no caso.