Pesquisa realizada pelo Instituto Ideia e divulgada nesta sexta-feira mostra que a corrida por uma vaga ao Senado pelo estado de São Paulo tem uma largada embolada, com o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o secretário de Segurança Guilherme Derrite (hoje no PL, com filiação agendada ao PP) hoje numericamente à frente dos demais.
Serão duas vagas em disputa na eleição do ano que vem, quando se encerram os mandatos de Mara Gabrilli (PSD) e Giordano (MDB).
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 14% das intenções de voto na pesquisa estimulada tanto como primeira quanto como segunda opção. Já o ex-deputado e integrante da equipe do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) marca 13% das menções como primeira opção, e 11% como segunda.
Numericamente abaixo da dupla, mas tecnicamente empatados com os líderes (considerando a margem de erro estimada em três pontos percentuais para mais ou menos), aparecem dois nomes da esquerda. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) tem 11% como primeira opção, contra 8% do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), tem 7% das menções e é seguido por Márcio França (PSB), com 6%, e Marta Suplicy (PT) e Ricardo Salles (Novo), ambos com 5%.
Já como segunda opção, a ex-prefeita da capital paulista tem melhor desempenho. Marta e Alckmin alcançam 10% das menções cada um nessa disputa pela segunda vaga para senador por São Paulo. Boulos (9%), Salles (7%) e Haddad (6%) aparecem na sequência.
Faltando ainda mais de um ano para as eleições, a indefinição ainda é muito grande entre o eleitorado. São 17% os que não sabem em quem votarão como primeira opção, e 20% se dizem incertos sobre o segundo voto.
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Na pesquisa espontânea, em que os entrevistados declaram sua intenção de voto sem serem apresentados à relação completa de possíveis candidatos, 73,5% não sabem responder. O nome mais lembrado foi o de Guilherme Boulos, citado por 6,9% dos eleitores.
O cenário testado pelo Instituto Ideia tem como principal objetivo testar a força de cada nome na disputa, e não propriamente simular qual seria o resultado da eleição se a votação fosse hoje. Por isso a presença de mais de um nome do mesmo partido, e de aliados que dificilmente disputariam uma mesma vaga.
A pesquisa também indagou os entrevistados sobre suas preferências nas eleições presidencial e estadual de 2026. Na pesquisa espontânea, há equilíbrio entre Lula (PT) e Tarcísio. O atual presidente é escolhido por 12,3% dos entrevistados, contra 10% de menções ao governador — trata-se, portanto, de um empate técnico.
O equilíbrio ocorre a despeito de o governo estadual ser mais bem avaliado que o federal pelos eleitores paulistas. São 62% os que aprovam o trabalho de Tarcísio em São Paulo, contra 36% que o desaprovam. Os percentuais praticamente se invertem na avaliação da gestão de Lula: 37% aprovam, e 62% desaprovam.
Se na corrida presidencial o governador enfrenta um cenário de incertezas, o mesmo não ocorre numa eventual tentativa de reeleição. Tarcísio tem vantagem em todos os quatro cenários testados, superando Marta Suplicy (48% a 33%), Alckmin (46% a 35%) Márcio França (51% a 28%), e o ministro Alexandre Padilha (51% a 15%).
A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas telefônicas com 1.000 moradores do estado de São Paulo no período de 4 a 8 de abril. A margem de erro é estimada em três pontos percentuais para mais ou menos, para um intervalo de confiança de 95%.