O governo federal divulgou nesta segunda-feira os primeiros detalhes sobre a segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU), que vai ofertar cerca de 3.352 vagas em 35 órgãos federais. A nova rodada do “Enem dos concursos” terá provas realizadas em outubro e dezembro deste ano, com divulgação dos resultados finais prevista para fevereiro de 2026.
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A expectativa do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) é repetir o modelo centralizado de aplicação, considerado bem-sucedido na primeira edição. A proposta busca democratizar o acesso ao serviço público, com provas aplicadas em todos os estados e no Distrito Federal.
As vagas serão distribuídas em 35 órgãos e 9 blocos temáticos. Do total de 3.352 vagas, 2.180 são vagas com provimento imediato (1.672 de nível superior e 508 de nível intermediário). Outras 1.172 vagas são para o cadastro de reserva. As oportunidades terão salários iniciais que variam de R$ 6.818 a R$ 16.413, segundo informações dadas nesta segunda-feira pelo Ministério da Gestão.
A maior remuneração será para 60 vagas em agências reguladoras, enquanto cargos como Analista Técnica-Administrativo terão salário de R$ 6.818.
Segundo o cronograma anunciado nesta segunda, a prova será feita em duas fases, realizada em duas datas diferentes. Segue abaixo:
- Edital e inscrições: julho de 2025
- Prova objetiva: dia 5 de outubro de 2025
- Prova discursiva para os habilitados na 1ª fase: dia 7 de dezembro de 2025
- Divulgação de resultados: fevereiro de 2026
Há vagas para os ministérios de Gestão, Cidades, Desenvolvimento Agrário, Turismo, Integração, Fazenda e Pesca. Também serão oferecidas vagas nas agências reguladores, nas Forças Armadas, na Fundacentro, nos institutos federais e fundações.
A pasta lançou nesta segunda-feira o termo de referência desta edição do CNU, com detalhes do certame. O documento é uma espécie de chamamento público para as bancas organizadoras interessadas no concurso. O processo de escolha da instituição pelo MGI já está em curso e deve ser finalizado em abril.
- Ministério da Gestão – 500 vagas de nível superior
- Ministério das Cidades – 15 vagas de nível superior
- Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar – 64 vagas de nível superior
- Ministério do Turismo – 8 vagas de nível superior
- Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional – 10 vagas de nível superior
- Ministério da Fazenda – 30 vagas de nível superior
- Ministério da Pesca e Aquicultura – 33 vagas de nível superior
- ANP – 66 vagas (50 de nível superior e 16 de intermediário)
- Anac – 70 vagas de nível intermediário
- Anatel – 50 vagas de nível intermediário
- ANM – 80 vagas de nível intermediário
- ANS – 20 vagas de nível intermediário
- ANTAQ – 30 vagas de nível intermediário
- ANTT – 50 vagas de nível intermediário
- Anvisa – 14 vagas de nível intermediário
- Comando da Aeronáutica – 90 vagas de nível superior
- Comando do Exército – 131 vagas de nível superior
- Comando da Marinha – 140 vagas de nível superior
- Hospital das Forças Armadas – 130 vagas (100 de nível superior e 30 de intermediário)
- Fundacentro – 65 vagas de nível superior
- ITI – 50 vagas de nível superior
- Imprensa Nacional – 14 vagas de nível superior
- Enap – 21 vagas de nível superior
- Iphan – 60 vagas de nível superior
- Fundação Biblioteca Nacional – 14 vagas de nível superior
- Fundação Cultural Palmares – 10 vagas de nível superior
- Fundação Joaquim Nabuco – 20 vagas de nível superior
- Funarte – 28 vagas de nível superior
- Ibram – 28 vagas de nível superior
- Ancine – 20 vagas de nível superior (10 de nível superior e 10 de intermediário)
- Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) – 94 vagas (61 de nível superior e 33 de intermediário)
- Instituto Nacional de Cardiologia (INC) – 75 vagas (52 de nível superior e 23 de intermediário)
- Instituto Nacional do Câncer (Inca) – 84 vagas (30 de nível superior e 54 de intermediário)
- Instituto Evandro Chagas (IEC) – 38 vagas (28 de nível superior e 10 de intermediário)
- Centro Nacional de Primatas – 28 vagas (10 de nível superior e 18 de superior)
Vagas de cadastro de reserva
- MGI (assistente social, médico e psicólogo) – 172 vagas de nível superior
- Analista Técnico Administrativo (MGI) – 1 mil vagas de nível superior
O governo estuda implementar na edição deste ano um sistema de bonificação para mulheres nas fases iniciais do concurso como forma de reduzir o desequilíbrio de gênero entre os aprovados na primeira edição do CNU, feita em 2024. Apesar de as mulheres representarem 52% dos inscritos, a minoria dos aprovados, 41%, foram do sexo feminino.
Além disso, o estímulo à participação feminina em áreas tradicionalmente masculinas, como tecnologia e infraestrutura, por meio de programas de mentoria, também é uma medida em análise.
A segunda edição do concurso não terá mais as “bolinhas” no preenchimento de informações dos cartões de resposta. No novo sistema, os candidatos serão identificados por um código de barras.
A mudança será implementada após candidatos terem problemas com o sistema de preenchimento na primeira edição. Agora, cada caderno de questões virá com um código único, que identificará o candidato sem revelar seus dados pessoais aos corretores.
De acordo com o governo, a máquina consegue ler e garantir que aquela prova pertence àquela pessoa.
O Executivo federal também anunciou que a escolha da banca do CNU 2025 deve ser feita em abril e que as provas serão realizadas no segundo semestre. A homologação está prevista para junho de 2026.
Não haverá outra edição do CNU em 2026 devido ao calendário eleitoral, que restringe a realização desse tipo de prova.