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Após 50 anos, ‘bebês da guerra’ voltam ao Vietnã em busca de suas mães biológicas

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abril 30, 2025
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Dussart cresceu como minoria em comunidades predominantemente brancas — Foto: Nhac Nguyen / AFP

O Vietnã comemora nesta quarta-feira o 50º aniversário da queda de Saigon (atualmente cidade de Ho Chi Minh), que marcou a vitória do norte comunista sobre o sul pró-americano. Cinquenta anos após a evacuação caótica de Saigon nos últimos dias da Guerra do Vietnã, que durou de 1959 a 1975, milhares daqueles que eram bebês ou crianças pequenas retornaram ao país na esperança de encontrar suas mães biológicas.

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No final da guerra, os americanos deslocaram mais de 3 mil crianças, que mais tarde foram adotadas na América do Norte, Europa ou Austrália. A operação foi muito criticada na época, porque alguns dos deslocados não eram órfãos e tinham sido separados de suas famílias pela guerra ou em uma tentativa de seus pais de salvá-los.

A advogada Odile Dussart, por exemplo, era uma dessas crianças. Terminou sendo adotada por um casal francês e cresceu no norte da França. Agora, aos 51 anos, Dussart, que tinha 11 meses quando foi deslocada, voltou a viver no Vietnã na esperança de descobrir suas origens.

Dussart cresceu como minoria em comunidades predominantemente brancas — Foto: Nhac Nguyen / AFP

— Só quero saber se minha mãe biológica está viva ou morta. Quero conhecer sua história — explicou Dussart, de sua casa em Hoi An, no centro do Vietnã. — Talvez seja impossível encontrá-la. Mas não perco as esperanças — acrescentou Bui Thi Thanh Khiet, seu nome vietnamita.

A operação de deslocamento começou com uma catástrofe. No dia 4 de abril de 1975, um Lockheed C-5 Galaxy, o primeiro voo de evacuação organizado pelos Estados Unidos, caiu poucos minutos após a decolagem, com 314 passageiros a bordo: 138 pessoas morreram, incluindo 78 crianças.

Odile Dussart é uma dos 176 sobreviventes daquele acidente. No entanto, ela não se considera vítima, pois não tem lembranças.

— Sem imagem, sem som e sem cheiro. Sei que eu tinha hematomas nas costas, pescoço e cabeça. Fiquei muito fraca e desidratada. Aos 11 meses, pesava como um bebê de seis — disse a advogada. — As pessoas que morreram, os militares que sofrem de transtorno de estresse pós-traumático, as famílias dos militares que perderam membros e os pais que esperavam um bebê e receberam apenas cadáveres são as vítimas do acidente, não eu.

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  • ‘Minha alma é vietnamita’
      • Após 50 anos, ‘bebês da guerra’ voltam ao Vietnã em busca de suas mães biológicas

‘Minha alma é vietnamita’

James Ross Tung Dudas, que tinha três anos quando chegou aos Estados Unidos, no segundo voo da operação, contou que passou anos procurando sua mãe biológica e até agora não encontrou. Este mês, ele viajou para Vun Tau, perto da cidade de Ho Chi Minh, para coletar informações sobre uma mulher que ele acredita ser sua mãe.

— Seria bom saber quem eu sou e de onde eu venho exatamente — disse Dudas, de 53 anos, nascido com o nome de Hoang Thanh Tung, que espera o resultado dos testes de DNA. — Sou majoritariamente americano, mas meu coração me diz que ainda sou vietnamita — acrescentou o homem, que cresceu em Nova Jersey, nos EUA.

Tanto ele quanto Dussart cresceram como minorias em comunidades predominantemente brancas.

— Durante toda a minha vida na França, os franceses me consideraram asiática, não francesa, por causa da minha aparência — lembrou Dussart. — Meu princípio de vida é francês, mas acho que minha alma é vietnamita — afirmou, mostrando o certificado de nacionalidade vietnamita.

Dussart cresceu na França, mas diz que sua'alma é vietnamita' — Foto: Nhac Nguyen / AFP
Dussart cresceu na França, mas diz que sua ‘alma é vietnamita’ — Foto: Nhac Nguyen / AFP

Dudas trabalha na indústria têxtil, enquanto Dussart atuou como advogada na cidade de Saint-Raphael, na costa francesa do Mediterrâneo, antes de retornar ao Vietnã.

— Estou agradecida por estar viva. E sou grata aos pilotos e militares que arriscaram suas vidas para salvar a minha — concluiu a vietnamita.

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