Em bolsas de pano e escondidos nas partes íntimas de dois estrangeiros, foram encontrados seis filhotes de primatas — dois macacos-prego-de-cara-branca e quatro saguis-cabeça-de-algodão — que seriam retirados ilegalmente do país pelo aeroporto José María Córdova, em Antioquia, na Colômbia.
- Entenda: Múmia austríaca do século XVIII encontrada em ‘perfeito estado’ revela técnica de embalsamamento; entenda
- Veja também: Aeronave não tripulada quebra recorde mundial e voa por mais de 2 meses; entenda
Apesar da rápida atuação das autoridades, dois dos animais chegaram sem vida, enquanto os demais apresentavam sérios problemas de saúde.
A Corporação Autônoma Regional das Bacias dos Rios Negro e Nare (Cornare) divulgou um relatório detalhado sobre este caso de tráfico ilegal de animais e atualizou o estado de saúde dos quatro primatas sobreviventes.
Os dois estrangeiros, que tentavam transportar os filhotes, foram interceptados pelo Corpo Antinarcóticos e pela Polícia Ambiental no aeroporto José María Córdova, localizado em Rionegro, Antioquia.
O alarme para esse tipo de ocorrência foi acionado imediatamente pelo terminal aéreo, que solicitou a intervenção do Centro de Atendimento e Avaliação da Cornare. Após a identificação dos suspeitos e a recuperação dos animais, os estrangeiros foram processados pelos crimes de uso ilícito de recursos naturais e maus-tratos contra animais.
— Foram entregues ao Ministério Público, enquanto os exemplares da fauna silvestre ficaram sob os cuidados da autoridade ambiental Cornare — informou a corporação.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/i/I/bFb33uQcOyxkz4JblcbA/681582af1d98f.png)
O que se sabe sobre os filhotes?
Infelizmente, dois dos primatas vítimas de tráfico ilegal morreram, e os outros quatro lutam pela vida no Centro de Atendimento e Avaliação da Cornare. De acordo com o relatório dos veterinários, os sobreviventes apresentam quadros severos de desidratação, sinais de desnutrição e maus-tratos.
— Também apresentavam lesões na pele e um nível elevado de estresse, o que dificulta o atendimento e o manejo clínico — relataram os profissionais da Cornare.
Tristemente, segundo as autoridades, é altamente provável que os pais desses filhotes tenham sido mortos para que os animais fossem capturados. — Trata-se de espécies endêmicas que atualmente se encontram sob grave ameaça em nosso país — detalhou a corporação.
O diretor da Cornare, Javier Valencia González, declarou: — Rejeitamos veementemente esse tipo de tráfico de fauna silvestre. A fauna silvestre deve permanecer em liberdade. Não podemos continuar permitindo que essa atividade ilegal cresça em nosso país e no mundo.