Duas pessoas são detidas no Irã após incêndio no principal porto do país

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A explosão, que pôde ser ouvida a dezenas de quilômetros de distância, ocorreu no porto de Shahid Rajaee, localizado próximo ao estreito de Ormuz, no sul do Irã, por onde passam 85% das mercadorias do país e um quinto da produção mundial de petróleo.

“Um gerente do governo e outro do setor privado foram presos” por ordem do poder judiciário, anunciou a emissora, citando um relatório do comitê governamental que investiga o caso.

Segundo um balanço oficial divulgado neste domingo, a explosão deixou 57 mortos e mais de 1.000 feridos, sendo atribuída pelas autoridades ao “descumprimento das medidas de segurança” e à “negligência.

O poder judiciário explicou que o balanço final de 57 mortos, frente ao número anterior de 70, se deve ao fato de que “determinou-se que alguns dos cadáveres considerados como distintos eram, na verdade, um só corpo”.

O jornal New York Times, citando uma fonte anônima próxima aos Guardiões da Revolução, afirmou que a explosão foi causada por perclorato de sódio, uma substância usada na composição de combustíveis sólidos para mísseis.

O Ministério da Defesa iraniano afirmou que “não havia carga (…) de uso militar na área do incêndio” no momento da explosão.