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Terceiro suspeito é preso por sequestrar e torturar investidor em NY para roubar criptomoedas

BRCOM by BRCOM
maio 27, 2025
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Casa de onde Michael Valentino Teofrasto Carturan escapou após quase três semanas de cativeiro — Foto: Jackie Molloy/The New York Times

Uma terceira pessoa acusada de sequestrar um homem e torturá-lo por quase três semanas para roubar sua fortuna em Bitcoin se entregou à polícia na cidade de Nova York na manhã desta terça-feira, disse a comissária de polícia Jessica S. Tisch. A polícia identificou o homem, que tem conexões com a Suíça e Miami, como William Duplessie, de 33 anos. Ele passou dias negociando sua rendição com o Departamento de Polícia após a prisão de outros dois suspeitos na última sexta-feira, de acordo com dois policiais informados sobre o assunto.

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Um dos presos na sexta-feira, John Woeltz, de 37 anos, investidor em criptomoedas, enfrenta acusações de sequestro, agressão e porte ilegal de arma de fogo. A outra, Beatrice Folchi, de 24, que foi inicialmente acusada pela polícia de sequestro e prisão ilegal, foi rapidamente liberada e seu processo foi adiado, disse uma das autoridades.

Duplessie “será acusado, junto com Woeltz, de sequestro e cárcere privado de um associado”, disse o comissário Tisch em uma entrevista nesta terça-feira na Fox 5. Pouco antes das 11h30 (horário local, 12h30 em Brasília), Duplessie, algemado e acompanhado por dois detetives, foi retirado de uma delegacia na Rua 21 Leste, em Manhattan. Vestindo uma camisa polo branca e calça preta, ele não respondeu às perguntas enquanto era colocado em uma viatura policial que o aguardava.

O episódio veio à tona na manhã de sexta-feira, quando a vítima, um italiano chamado Michael Valentino Teofrasto Carturan, escapou de uma luxuosa casa de 17 cômodos no bairro de NoLita, em Manhattan, onde estava mantido em cativeiro, e chamou um agente de trânsito.

Casa de onde Michael Valentino Teofrasto Carturan escapou após quase três semanas de cativeiro — Foto: Jackie Molloy/The New York Times

Carturan e Woeltz tinham ligações com um fundo de hedge de criptomoedas em Nova York, de acordo com um relatório interno da polícia divulgado por um terceiro policial. Mas eles se desentenderam por questões financeiras, e Carturan voou para a Itália, de acordo com o relatório. Logo depois, Woeltz o convenceu a retornar a Nova York.

Carturan chegou à casa, na Rua Prince, 38, em 6 de maio, onde foi capturado e mantido refém por Woeltz e Beatrice, segundo a reportagem. Eles queriam a senha de uma carteira de Bitcoin avaliada em milhões, segundo a reportagem. Carturan foi amarrado com fios elétricos e atingido com uma arma de fogo, segundo o relatório. Os agressores também submergiram seus pés na água e usaram uma arma de choque para atingi-lo.

Dentro da casa, os investigadores descobriram fotografias de Carturan sendo torturado, várias armas, um colete balístico e móveis quebrados — grande parte deles no terceiro andar da casa, segundo o relatório. Carturan disse que, ao rejeitar as exigências de seus captores, os ataques aumentaram e ele foi carregado até o topo da casa de cinco andares e suspenso na borda.

Após sua fuga, Carturan contou à polícia a história, de acordo com o relatório. O advogado de Duplessie, Sanford Talkin, não quis comentar, assim como o advogado de Woeltz, Wayne Ervin Gosnell Jr. A mãe de Woeltz também não quis comentar. Tentativas de encontrar um advogado para Beatrice não tiveram sucesso.

O caso ocorre em meio a uma onda de ataques chocantes ao redor do mundo, nos quais executivos de alto escalão do setor de criptomoedas e seus parentes foram sequestrados ou agredidos para pedir resgate.

Os chamados “ataques de chave-inglesa”, assim chamados por causa de suas técnicas brutais, tornaram-se uma preocupação crescente no mundo das moedas digitais, à medida que mais investidores armazenam informações confidenciais em dispositivos físicos, em vez de digitalmente, em um esforço para evitar hackers.

A tendência tornou-se especialmente preocupante na França, onde vários empreendedores de criptomoedas proeminentes foram alvos nos últimos meses. Em janeiro, o pai de um influenciador de criptomoedas foi encontrado no porta-malas de um carro, amarrado e coberto de gasolina, após a família ter sido atacada em sua casa no leste da França, segundo relatos da mídia francesa.

Algumas semanas depois, um fundador de uma empresa francesa de criptomoedas foi sequestrado de sua casa e teve um dos dedos cortado pelos seus captores. O principal suspeito no caso de Nova York percorreu um longo caminho até a casa em NoLita, que foi recentemente anunciada para aluguel por US$ 75.000 por mês.

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Woeltz cresceu em Paducah, no estado americano de Kentucky, uma pequena cidade a cerca de 225 quilômetros de Nashville, de acordo com uma entrevista que deu ao The Paducah Sun, um jornal local, em 2020. Ele disse que, depois de se formar na Universidade de Kentucky, mudou-se para o oeste e começou a investir em startups do Vale do Silício.

Sua carreira na área de tecnologia pareceu decolar rapidamente. Em 2018, John Woeltz fez parte de uma equipe vencedora no hackathon ETHGlobal em São Francisco, de acordo com uma publicação da organização. Em 2020, Woeltz doou US$ 10.000 para a Sprocket, uma organização sem fins lucrativos que buscava trazer empresas de tecnologia para a região de Paducah, de acordo com a entrevista ao The Sun. Na época, Woeltz afirmou ser diretor-gerente da Silicon River Capital, um fundo de investimento focado em tecnologia blockchain.

“Quando eu era criança em Paducah, simplesmente não havia um caminho claro para mim na área de tecnologia”, disse Woeltz na entrevista. “Depois de me formar na UK, fiz as malas e fui para o Vale do Silício, porque era isso que você tinha que fazer para ter sucesso no setor.”

Nos últimos anos, Kentucky se tornou um ator no setor de mineração de criptomoedas, e Woeltz foi escolhido para se juntar a um grupo de trabalho no escritório estadual de tecnologia. O grupo foi criado por legisladores do Kentucky para usar a tecnologia blockchain na proteção de gasodutos, telecomunicações e outras infraestruturas, de acordo com seu relatório anual de 2024. Mas as interações de Woeltz com o grupo nos últimos anos foram limitadas. Em entrevistas ao The New York Times, dois participantes disseram que Woeltz atuou apenas como membro consultivo.

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