No ar em “Dona de mim” como o ambicioso advogado Ricardo, Marcos Pasquim completou, recentemente, 30 anos de carreira. Paulista, ele diz que, depois de tantos anos morando no Rio, se considera um “paurioca”, apesar de preferir montanha a praia. Morador da Barra, gosta de andar de moto e de circular pelo bairro a pé:
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No ar em “Dona de mim” como o ambicioso advogado Ricardo, Marcos Pasquim completou, recentemente, 30 anos de carreira. Paulista, ele diz que, depois de tantos anos morando no Rio, se considera um “paurioca”, apesar de preferir montanha a praia. Morador da Barra, gosta de andar de moto e de circular pelo bairro a pé:
— Não consigo mais viver em São Paulo, apesar de amar. Mas o trânsito não me permite, eu não consigo. Eu viro uma outra pessoa no trânsito — conta.
Galã descamisado das novelas de Carlos Lombardi, o ator relembra o período com carinho, mas hoje, aos 56 anos, diz que não se vê mais nesse lugar. Não que o corpo não esteja legal, reitera, mas ele vem aceitando bem o passar dos anos em frente às câmeras.
— Não penso em procedimentos estéticos. Minha mãe tem aquela questão da pálpebra caída e eu também tenho. Provavelmente, se a minha cair muito, farei algo para evitar a sombra. Mas quero envelhecer para fazer personagens da minha idade, ou um pouco mais jovens, como o Ricardo. Para isso, pintaram o meu cabelo, porque sou grisalho e estava usando assim. É esquisito.
Ele revela, no entanto, que se prepara para o terceiro transplante capilar. A falta de cabelos é a única questão que o incomoda.
— Eu prefiro ter o meu cabelo para montar personagens do que ficar dependendo de uma peruca. Acho o cabelo bem importante para compor o rosto — afirma.
Ainda sem projetos concretos para o fim da novela, Pasquim gosta de aproveitar o tempo livre para estar com a família e, quando pode, com a filha, Alicia, que ele confessa ver menos do que gostaria.
Filha dele com Fabiana Kherlakian, a jovem, de 21 anos, mora em São Paulo com a mãe desde a pandemia. O ator diz que ela é introspectiva, estuda moda, adora desenhar e volta e meia pensa em se dedicar à carreira artística.
— Ela quis ser atriz com cinco anos, eu disse que não, achei cedo. Já trabalhei com crianças em ‘Chiquititas’ e, sei que não posso generalizar, mas criança tem que ser criança. É uma profissão muito difícil, não é bolinho. Depois dos 14, tudo bem. Agora, com 21, ela pode se dedicar à vontade.
Pasquim também dedica parte do seu tempo para cuidar da saúde mental. Tudo começou por conta do diagnóstico de agorafobia, transtorno de ansiedade que se caracteriza pelo medo de estar em lugares ou situações das quais seja difícil sair.
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Os sintomas apareceram há alguns anos, período em que emendou “Chiquititas” (1998), “Uga uga” (2000), “O quinto dos infernos” (2002) e “Kubanacan” (2003). Na época, começou a evitar multidões, túneis e engarrafamentos.
— Foi um burnout, um excesso de trabalho que acho que engatilhou essa agorafobia, um princípio de pânico. Na época, não se falava muito sobre isso. Antes dos remédios, tive uma crise dentro de um avião… foi muito difícil. Fiz “Kubanacan” medicado. Aí, os anos foram passando e fui desmamando, mas tive que fazer mudanças na minha vida. Por exemplo, eu gostava de montanha-russa, hoje em dia prefiro não. Não quero esse gatilho, mesmo estando curado. Sou atento à questão — explica.